GEMA

Você se lembra do GEMA? Grêmio Esportivo Monte Aprazível. Equipe de futebol, que tantas alegrias e por vezes, muitas tristezas nos trouxe. Equipe formada pelos melhores jogadores de nossa cidade e de outras vizinhas. Batalhou durante muitos anos pela ascensão à serie de cima. Tempos em que o Estádio Municipal lotava nos finais de semana, para ver os nossos ídolos da época: Perigo (Melchíades Pereira de Mattos), Hercílio, Zimba, Mutamba, Kemer, Baguinho,Valério, Vendamini, Neguinho, Aldo Simonetti, Eurico, Gim, Argentino, Delei, Homero, Nicola, Orlando Maia, Dr. Newton Hermano, Odécio (Preá), João Gagliardi, Mardegan, Virgilio,  Zú, Ayres,  e tantos outros que dignificaram o esporte em nossa cidade. Hoje o Estádio Municipal tem o nome do “Perigo”: Melchíades P. Mattos”. Justa homenagem!

GEMA da bonita camisa listrada em verde e amarelo.

Tempos em que a rivalidade entre os oponentes vizinhos se aflorava, principalmente entre o GEMA, Tanabi e Nevense.

Lembro-me de um jogo, aqui em Monte, contra o Tanabi, que o pau quebrou. Invasão de campo, que se tornou uma verdadeira arena de guerra entre aprazivelenses e tanabienses. Muitos deles tiveram que voltar correndo para sua cidade, tamanha a rivalidade de suas torcidas. Placard do jogo: Gema 6 x Tanabi 1. Quer desforra maior do que essa?

Esse time foi dirigido por muito tempo, pelo Sr. Daniel Laguna, um grande entusiasta do esporte em nossa cidade e também um craque. Aliás, muito bem lembrada a homenagem a ele prestada, dando seu nome à nossa Quadra de Esportes.

Manoel Rodrigues, o bom Manolo, durante muito tempo foi o técnico. Para os jogos fora de Monte, O Sr. Laguna reunia amigos que tinham carro, para transportar nossos heróis. E olhe que para cidades distantes, tais como Cafelândia, Duartina, Getulina, Garça e tantas outras. Gabino Laguna, Marceliano Fernandes, Angelim Bassan e Pedro Bassan eram os motoristas.

E o nosso  GEMA conquistou o direito de jogar na “Série B”, que era seu grande objetivo. Ajudado, inclusive, pelo Dr. Newton Hermano, o nosso Juiz de Direito, à época, que tinha o apelido de “Perereca”. Ajuda como jogador e, como Juiz de Direito.

Quando o GEMA conquistou esse direito, foi uma festa na cidade. Grande comemoração. Começou no Bar e Padaria Simonetti, na Praça São João e terminou na “Boîte Mangueira”. Essa boate  funcionava nos fundos do Hotel do Sr. Domênico, depois Hotel São José. A boate recebeu esse nome por causa de uma enorme mangueira, lá existente. E sob sua “proteção” eram realizados os bailes.

Como disse, a torcida sempre lotava nosso estádio. Dentre todos os torcedores, um sempre se destacava: o Sr. Felix Buissa, grande fotógrafo e torcedor número um do GEMA. Ficou célebre com seu grito de guerra: “Delei …” ou “Priá …”. E o povão aplaudia.

Assim como o Sr. Felix, tivemos vários outros.

Quem transmitia os jogos era a equipe da famosa ZYR 22, Rádio Difusora de Monte Aprazível, principalmente o Professor João Garcia Pelayo (Codinome: Franco Garcia). Barquinha dava retaguarda na sede da emissora.

Um dos repórteres de campo que marcaram época, foi o Ozael Costa, o grande Costinha, que sempre completava a fala do locutor, nos lances mais agudos.

Certo dia, o Costinha, com seu microfone em punho (que devia pesar quase um quilo), e a bateria pendurada no ombro, debaixo de um sol escaldante, encontrava-se um pouquinho alheio ao jogo e, após um lance duvidoso na área do GEMA, o locutor lhe indagou: “E aí, Ozael, o que houve?” Distraído, respondeu: “Aqui ouve a Rádio Difusora de Monte Aprazível!”

G   E   M   A !!!!!!!