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A Propósito: A corrupção não acaba, mas o Brasil sim

  • Foto do escritor: A Voz Regional
    A Voz Regional
  • 28 de nov. de 2016
  • 2 min de leitura

Ninguém é louco o suficiente que defenda a corrupção e ninguém é tolo o bastante que acredite que possa por um fim nela. Muito menos tolo é o juiz Sérgio Moro. As ações da operação Lava Jato não deixaram dúvidas ao brasileiro de que nossa casta política e empresarial é corrupta, mas não tiveram o poder pedagógico de ensinar ao cidadão comum de se enxergar como corrupto em suas ações cotidianas. Nada de novo em um mundo de imemoriais tempos marcado por sonegação e corrupção, quer nas alturas das castas, quer nas baixezas do populacho de todos os credos e raças. 

O juiz Sérgio Moro começou como ovo e agora, parido como serpente, não tem limites. Foi arbitrário na ilegalidade das prisões intermináveis usadas como tortura para obter confissões. Ou, preferindo-se, as duvidosas delações que livram bandidos da cadeia. OAB, judiciário, imprensa, igrejas, foram complacentes, melhor, covardes diante das flagrantes irregularidades da ditadura de Curitiba e o juiz foi em frente e não sabe mais como parar. E nem quer. E nem pode, embriagado de tanto personalismo.

A corrupção vai ficar onde sempre esteve, nos recônditos do inconsciente humano, no seu material genético, no instinto darwiniano da sobrevivência, porque sobrevive melhor quem tem mais vantagens. Tirar a economia brasileira do pântano em que a meteram o juiz e os promotores é que serão elas.

Corrupção é tipificada como crime e lugar de criminoso é na cadeia, havendo, claro, as provas, e não apenas delações de bandidos. Para tanto, não se fazia necessária nenhuma inovação. A legislação existente bastaria.

Como bastaria também tratar as empresas com as leis disponíveis. O dono da empresa é passível de castigo penal, de prisão. Não há lógica em punir com a destruição um contrato social constitutivo de uma empresa. É isso que o juiz Sérgio Moro tem feito: libertar empresários, forçados delatores, e punir os contratos sociais pelos quais são responsáveis.

Sérgio Moro tem punido empresas até agora. Tem punido os trabalhadores. É questionável, em nome da governança empresarial, a sanha destrutiva de empregos.

A pergunta a ser feita é a quem deve interessar: a destruição dos parques industriais da construção civil pesada e do setor energético? Será que é bom destruir empresas brasileiras que operam nos mais diversos países, EUA, inclusive? Solapar o pré-sal, a quem interessa? Os resultados preliminares já são conhecidos: estimados 20 milhões de desempregados. As consequências futuras são previsíveis: investimentos das impolutas empresas chinesas da construção e das insuspeitas petrolíferas mundiais como a Chevron. Essas negociações, talvez, já estão andando por interferência de nosso chanceler entreguista José Serra.

O brinquedo de Sérgio Moro e seus procuradores perdeu a graça. Como não há nenhuma graça nas vitrines das ruas Brasil em Tanabi ou Coronel Militão, em Tanabi.

2017 está aí. A popularidade “moral” continuará sendo aplaudida, as custas de empregos e de negócios?

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