A Propósito: Os Odebrecht são pintos perto do que está (ainda) escondido
- A Voz Regional
- 24 de abr. de 2017
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Parece, mas o pai e o filho, Emílio e Marcelo, não são os todos poderosos donos do Brasil e nem os sultões da corrupção brasileira. Eles distribuíram milhões, bilhões de dólares, , mas não são tudo isso que a Lava Jato está alvejando. Eles potencializaram a endêmica corrupção brasileira, historicamente registrada na Carta de “achamento”, no trecho em que o missivista Pero Caminha,descaradamente e sem rodeio, solicita a Dom Manoel sinecuras para o genro.
Essa história de horror dessa Transilvânia dos Trópicos tem um lado de contos de fada: as mochilas em que essa dinheirama toda, milhões de notas de dólares, euros e reais, dizem, era embalada. Só um inocente batedor de panela acreditaria que ordens de pagamento dessa natureza passeassem em mochilas, que todo esse dinheiro estava nos cofres das empreiteiras. Era pegar maços de notas e enfiar em mochilas. Simples, assim. Um espanto!
Esse dinheiro, obrigatoriamente, passou pelos bancos, pelas santas mãos dos banqueiros, esses exemplos imaculados, resplandecentes de virtudes e amantíssimos patriotas
É difícil acreditar que não tenha sido citado um único banqueiro neste banquete de abutres, que todos tenham perdido o faro para o cheiro da corrupção que exalava da Petrobrás, Eletrobrás, Metrô e Rodoanel, hidrelétricas, obras da Copa, do Governo de Minas e tantas outras. Tão estranho como não ter ninguém do Judiciário na Lava Jato. Muito estranho que se tenha conseguido movimentar tanto dinheiro ilícito sem envolver o sistema financeiro e o Judiciário.
Dificilmente virão à tona nomes do sistema financeiro. Só virá em um ataque de desespero de delator e não será de qualquer delator. São raros os delatores com informações relevantes para tanto e não basta apenas o desespero, será preciso grande dose de loucura, pois o País pegará fogo.
São os banqueiros os verdadeiros donos do Brasil, quem têm à sua disposição não só os políticos, esses são bandidinhos pés de chinelo, mas também a mídia. Bancos e donos de meios de comunicação têm a mesma origem, são farinhas do mesmo saco, suas fortunas e nomes vem das senzalas, nas suas mãos ainda estão as chaves dos cadeados das correntes que prendiam negros pelos pés e pescoço, os chicotes ainda vibram em suas mãos.
Todas as ações de governo nos últimos 30 anos estão voltadas para o sistema financeiro. A última foi a liberação do dinheiro das contas inativas do FGTS para titulares pagarem o que devem nos bancos. A próxima será a Reforma da Previdência que, a custa do suor do trabalhador, abrirá as portas para a previdência privada, o mais nobre dos negócios bancários.
A PF começa a investigar as relações entre a Caixa Federal e o Banco Panamericano, que foi de Sílvio Santos e hoje está em mãos do BGT Pactual, de André Esteves. André Esteves já esteve preso e foi solto pelo ministro Teori Zavask, que morreu em um acidente de helicóptero em Parati. O dono do helicóptero era sócio de André Esteves. Nessa roda viva meio obscura pode-se encontrar o fio de uma pavorosa meada.
Desemprego
No bater de 120 dias do governo de Nelson Montoro (PSD), em Monte Aprazível, vai ter mudança de nomes em alguns cargos de confiança (sem concurso, de livre nomeação do Executivo). Não vão ser mudanças profundas, mas também nem tão superficiais que fique tudo na mesma.Com as mudanças, a administração deve ganhar mais eficiência em serviços.
Três importantes cargos, chefe de gabinete, assessores de finanças e planejamento, ainda sob o controle do prefeito, devem continuar sem nomeados.
No contracheque
Os servidores municipais de Monte Aprazível devem ser os únicos na região a ter reposição das perdas com a inflação do ano passado. O prefeito não tentou “se fazer de morto” e não usou do artifício da reposição meia boca. Em Monte Aprazível, a reposição será integral, 6,76%.
Embromando
Já em Tanabi, o prefeito Norair da Silveira (PSB) enrolou os barnabés, com a promessa do reajuste em janeiro. Os servidores já perderam 3.5% de 2015, já que a ex-prefeita Bel Repizo (PMDB) só concedeu 50%, vão perder mais 6,76% de 2016, acumulando da perda de 10%,
Embromados
Mesmo com a correção de Montoro, os servidores de Monte foram embromados por 20 anos. A defasagem salarial deles nesse período é brutal. Somente na administração passada, de Mauro Pascoalão, a perda foi de quase 20% que, somados os 8 anos dos mandatos de Wanderley, chegam aos 50%, mais as perdas com os mandatos anteriores de Luiz Carlos Canheo (embora tenha sido o mais generoso) e de Tais Sant’Anna (PTB) batem nos 100%. Ou seja, se seus salários tivessem acompanhado a inflação, os servidores estariam recebendo o dobro do que ganham hoje.
Falência
Norair da Silveira pensa em terceirizar a creche que deve entrar em funcionamento nos próximos meses. A intenção já é admitir que a prefeitura tanabiense está prestes a atingir o teto de gastos com salários de servidores. Isso significa que a reposição da inflação não virá nem em janeiro ou qualquer mês, de qualquer ano, enquanto durar a administração. Enquanto não chega no teto, o prefeito continua obcecado com a criação de cargos para abrir vagas para os compromissos políticos de campanha.
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