A Propósito – Polícia Federal vai investigar empresas e empresários do mundo dos rodeios
- A Voz Regional
- 5 de jul. de 2016
- 4 min de leitura
Lava sedém Não foi nomeada ainda, mas poderá se chamar Segura Peão, a operação desencadeada nesta semana pela Polícia Federal que irá investigar o mundo dos rodeios. Estão na mira das investigações empresas de locação de infraestrutura (palcos, arquibancadas, camarotes, banheiros químicos) e empresários de artistas e os próprios. A suspeita tem como meta o Ministério do Turismo, mas a rede vai bater, certamente, também, em cofres municipais. O dinheiro dos municípios é responsável pelo inflados cachês dos esgoleantes sertanejos.
Desconforto O empresário Luiz Barra Mansa, que está bancando a festa de peão de Tanabi, sem qualquer auxílio de ervanário público, afirmou em entrevista à A Voz Regional que prefeituras não devem se meter com festa de peão. Mauro Pascoalão (PSB), prefeito de Monte Aprazível, teria ficado uma fera com a declaração e chamou o empresário às falas. Apesar de muito sagas, Barra Mansa diz não ter entendido o desconforto de Mauro.
Culatra O ex-prefeito de Nipoã, Toninho Boca (PTB), teve as contas de 2012 rejeitadas pela Câmara. Se os vereadores agiram para que Boca ficasse impedido de disputar a eleição de outubro, a estratégia tem tudo para não dar certo. O ex-prefeito, por motivos de saúde, não estava certo de que seria candidato e, segundo ele, estaria propenso a apoiar o empresário José Lourenço (PSD). Diante do fato novo, Boca decidiu que será candidato, amparado em liminar judicial, o que não é difícil de conseguir no caso.
Indicador Pesquisa sobre intenção de votos em Tanabi a que a coluna teve acesso revela que a indecisão dos eleitores chega a 50% para o cargo de prefeito, quando o nome do candidato José Francisco (PC do B) não aparece no cartão. Quando seu nome aparece, a indecisão cai a 10%, ele assume a ponta em percentual que não é alcançado pela soma de 3 outros candidatos. Mesmo que não queira ser candidato, os números gritam para que ele entre na disputa.
Fatal Parte da oposição tanabiense cometeu erro fatal, no início do ano, ao antecipar a campanha eleitoral, dividindo a oposição. Valdir aproveitou o racha e montou sua estratégia que, pelo visto, deu certo. Fábio, o nome consolidado da oposição, foi demolido com a alternativa Valdir. Agora, essa parte da oposição, torce para que Valdir abandone a disputa, mas, nessa altura do campeonato, é impossível. Valdir é ciente de que voltar atrás é enforcar em torre de igreja seu futuro político. E futuro político, o político não compromete nem em nome da mãe.
Previsão Conforme a coluna adiantou há duas semanas, o candidato Valdir Uchoa (PSOL), de fato, já ultrapassou Fábio Ceron (PSDB) e ocupa a terceira posição. Pela projeção, termina a campanha muito próximo ou à frente do segundo colocado de hoje, o ex-prefeito Norair da Silveira (PSB)
De braçada Médico é bom de voto por natureza, mas Doutor Rodrigo (PRÒS) vai um pouco além. Ele é médico do PSF da Vila Mônica, em Tanabi, e está disposto a aceitar o cargo de vice, preferencialmente, na chapa de José Francisco. Pesquisa demonstra que entre 40% a 50% dos eleitores de qualquer ponto da cidade querem Rodrigo como vice de seu candidato, qualquer que seja o candidato. Do universo de eleitores estão pacientes do PSF em que o médico trabalha, de PSF do outro extremo da cidade, de pacientes do SUS, de convênios e particulares. Em resumo, é quase uma unanimidade.
Leitura errada Mauro Pascoalão tem dito a interlocutores que será reeleito prefeito de Monte com facilidade com um número grande de candidatos. E põe número grande nisso. Com intenção de votos entre 5% e 7%, tenha dois, três, sete ou dez candidatos, a votação de Mauro deve girar entre 750 a 1.100 votos, quantidade difícil de sair do último lugar em qualquer cenário.
Disputa dura O médico Nelson Montoro (PSD) vai precisar de muita habilidade. O quadro muda bastante sem o ex-prefeito Wanderley Sant’Anna (PTB) na disputa, o que parece bastante provável. Ele vai precisar conciliar o interesse eleitoral dos grupos do vereador João Roberto Camargo (PPS) e de Wanderley, que teriam a mesma intenção, o cargo de vice. Se privilegiar um, perde o outro. O fato de Camargo não aceitar o cargo e nem coordenar a campanha é um complicador. O grupo de partido está alinhado em torno de seu nome e, sem ele, pode se dispersar. Preterido, o grupo de Wanderley pode buscar alternativas. Toninho Minuci, o candidato do PV, pode se beneficiar das ligas frouxas de um lado e de outro.
Zap de copas O PMDB e o DEM, à medida que se aproximam as definições eleitorais, a cada dia, se enredam em uma sinuca de bico e precisam de carta forte para sair dela. O PMDB está em vantagem por contar em seu quadro com a prefeita Bel Repizo, mas o partido não tem meios e nem votos para forçá-la a nada. No final da semana, peemedebistas e democráticos cortejaram a prefeita em um encontro social (foto). Na terça, o vice Devair Zanetone, pelo PMDB, e João Mazza, pelo DEM, tiveram uma longa conversa com a prefeita, no gabinete. Não foi revelado o teor do que foi discutido, mas o resultado não deve ter sido transformador do cenário.
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