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Cia dos pés encena texto do poeta africano Mia Couto

  • Foto do escritor: A Voz Regional
    A Voz Regional
  • 11 de dez. de 2020
  • 2 min de leitura

SINOPSE


Com a licença poética de Mia Couto, Imprudências Poéticas invade o horizonte da construção urbana e com uma dança poema pausa o conturbado espaço de concreto.

Este trabalho é uma interferência poética, em que a dança serve de palavras para questionar os tantos muros construídos em função dos medos também criados por nós.


RELEASE


Diante das especulações imobiliárias, diante da imensa dispersão de condomínios fechados, diante de tanto ódio das diferenças, diante do contato com o outro, tomamos como sopro de questionamento o texto de Mia Couto em sua fala na Conferência do Estoril em 2011, uma conferência sobre segurança.

Diante desse texto e dos contos “As Baleias de Quissico” e “A menina, as aves e o sangue”, retiramos o tema da fome, a que nos infla a capturar os nossos desejos e a biológica, que nos é necessária à vida, desses tópicos, o que nos guia nesse trabalho é a comparação e a concorrência com o outro.

Concorrer a vida, sem questionar a existência.

Repetir padrões, responder ordens e seguir, treinados a não questionar.

Recebemos muros prontos, por decorrência das fomes e nos separamos, apenas.

Imprudências Poéticas é uma interrupção; acontece na rua, parando o fluxo.

É a construção de mais um muro, em um espaço construído também, para ordenar o fluxo.

Imprudências Poéticas é um questionamento sobre a criação do medo.


FICHA TÉCNICA


com > Mariane Cerilo e Daniel Neves

concepção original > Kesler Jamal Contiero

roteiro e direção > Angélica Zignani

trilha sonora > Marcelo de Castro

iluminação > Fuad Jammal Neto

foto > Bruno Camargo


CIA


A Cia, nos seus dez anos de atuação, busca uma relação de aproximação de linguagens, explora as artes performativas e as artes plásticas. Participou da Feria de Castilla y Leon/Espanha, do FITEI/Portugal, da Mostra Oficial de Curitiba e de diversos festivais no Brasil. Atualmente a diretora conheceu a pesquisa de Ohad

Naharin, na Antuerpia/Belgica e a pesquisa Italiana Segni Mossi em Mallorca/Espanha, atualizando possibilidades de linguagem e estética para a construção do espetáculo Eufonia. Essa busca, pela experimentação na cena, ganhou destaque no Programa do Jô em 2010 e rendeu vários prêmios, em especial o de melhor espetáculo de rua por sua participação na feira da Espanha em Castilla y Leon.


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