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Comerciantes criticam regressão para a fase Amarela e temem mais restrição em janeiro

  • Foto do escritor: A Voz Regional
    A Voz Regional
  • 10 de dez. de 2020
  • 3 min de leitura

Medida afeta diretamente bares e lanchonetes que ficaram sete meses fechados no isolamento


A regressão da fase Verde do conjunto de medidas de combate santuário ao combate do coronavírus para a Amarela, mais restritiva, tomada pelo governo do Estado, um dia após a eleição em segundo turno, deixa apreensivos os comerciantes, que temem restrições mais severas em janeiro.

Jessica Fachin Longo, do setor de compras das Lojas Longo, diz não considerar a regressão “algo sério, pois passou um dia após as eleições para mudar a fase no estado. O governo estadual age de forma autoritária, impondo restrições aos municípios, sendo que o próprio município deveria ter autonomia para decidir, já que está próximo da população e sabe da situação de saúde local e ocupação de leitos”.

Ela diz que o seu estabelecimento já vem sendo prejudicado desde o início da pandemia e se as restrições aumentarem será muito mais impactante ainda. Jessica relata preocupação caso venha a regredir para a fase laranja em janeiro. Segundo ela, a economia não suportará caso isso ocorra, pois “não temos uma economia saudável como os países da Europa”.

Cleonice Aparecida Lulio Priuli, da Loja Líder, diz que a regressão é horrível para todo comerciante e também em termos de saúde. “As pessoas deveriam - diz - ter tomado mais cuidado para não regredir. Não poderia ter acontecido coisa pior para o comércio. É o caos, ainda mais nessa época quando o comércio funciona à noite. A vida toda o comércio funcionou a noite e agora que teríamos a oportunidade de recuperar o que perdemos durante o ano todo vem a regressão”.

Cleonice também manifesta preocupação com a possibilidade de regressão para a fase laranja em janeiro. “Em janeiro ainda estamos cheios de compromissos e se vier a fechar não teremos como honrar esses compromissos.”

Valmir Salvioni, da Santo Graal Cachaçaria e Petiscaria, diz que a regressão para a fase amarela vai prejudicar os estabelecimentos noturnos como o seu. “Até as medidas anteriores os mais prejudicados foram os comércios noturnos, casa de shows, bares e lanchonetes. Tanto que nós ficamos com o estabelecimento fechado durante 7 meses e fomos os últimos a voltar a funcionar”.

Ele diz que o decreto municipal anterior ao decreto estadual da segunda-feira passada flexibilizava o comércio noturno a trabalhar até dez horas por dia, podendo ficar até um pouco mais tarde porque abrimos as 17 horas. “Esperamos que essa flexibilização seja mantida. Gustavo Ogawa, diretor comercial do supermercado Ivone, diz que a regressão para a fase amarela não interfere muito, as lojas continuarão abrindo, aferindo temperatura o que vai diminuir é um pouco o número de capacidade dentro das lojas mas não muda, segundo ele, muita coisa para o setor supermercadista.

Mas, para o setor, uma nova regressão em janeiro, segundo ele, vai afetar o abastecimento. “Já está faltando de tudo e a regressão para a fase laranja vai ficar mais difícil obter mercadorias. A gente faz os pedidos e os fornecedores não efetuam as entregas por falta de vidro, de embalagens, de latas, está faltando tudo e com a regressão, isso que já está acontecendo tende a piorar ainda mais”.

Marilene Martins de Souza Lima, do restaurante Pensão da Dona Maria, diz que a regressão para a fase amarela para ela não causa nenhum impacto porque funciona das 10h30 às 14h30, portanto “da forma como está não me prejudica, mas há uma preocupação se regredir para a fase laranja porque aí é só entrega e o delivery não sustenta o estabelecimento.”

Giovani Vidoto Franco, da Academia Corpus, diz que no seu caso a regressão para a fase amarela prejudica porque diminui o horário de funcionamento da academia. “O movimento já vinha fraco por causa da pandemia, diminuindo o horário de funcionamento a tendência é cair ainda mais o movimento”.

Na fase amarela os estabelecimentos funcionam com capacidade limitada a 40% da ocupação para todos os setores, com funcionamento limitado a dez horas por dia e até às 22 horas. Também ficam proibidos eventos com público em pé. Espaços culturais nos quais o público fique sentado com distanciamento social e controle de fluxo continuam funcionando. A nova reclassificação do Plano São Paulo será anunciada no dia 4 de janeiro.


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