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Comerciantes temem não ter mercadorias para vender durante a Black Friday e Natal

  • Foto do escritor: A Voz Regional
    A Voz Regional
  • 29 de out. de 2020
  • 3 min de leitura

Pedidos de alguns produtos chegam a demorar 120 dias para entrega e os preços estão mais caros


Existem dois eventos até o final do ano para o comércio se recuperar: o Black Friday e o Natal. Os comerciantes estão na expectativa de boas vendas, no entanto, um seguimento em particular teme vendas abaixo das praticadas no mesmo período do ano passado por falta de mercadoria, consequência da redução da jornada de trabalho por causa da pandemia de Covid-19.

Giuseppe Maset Junior, da Matriz Móveis, diz que as vendas até aqueceram, “o problema é a falta de mercadorias. As indústrias estão sem matéria prima para trabalharem e em contrapartida, nós lojistas, ficamos sem mercadorias, o que dificulta a promoção do Black Friday e a promoção do Natal que tradicionalmente fazíamos”.

Ele reclama que além de ter subido a mercadoria, ela está escassa no mercado. “Tudo em consequência da pandemia porque houve redução da jornada de trabalho e com a alta do dólar o pessoal está preferindo exportar, em razão disso não tenho como prever vendas, porque os pedidos estão demorando de 90 a 120 dias para serem entregues enquanto que antes era de 10 a 20 dias. Colchões de espuma estão faltando no mercado”.

Ele aponta também a redução pela metade do auxílio emergencial como fator que pode contribuir para a diminuição das vendas. “A diminuição pela metade do auxílio emergencial deve resultar em queda nas vendas e pior será depois que o auxílio acabar. Aí a tendência será de recessão”, diz.

Jéssica Fachin Longo, das Lojas Longo, diz que vê o Black Friday e o Natal como duas ótimas oportunidades de vendas, principalmente o Natal. “O comércio está retomando aos poucos e acreditamos em um bom final de ano”.

Para tanto, ela conta que está preparada “com as compras em dia, programadas para atender a demanda de vendas e também estamos preparando ótimas promoções para nossos clientes”.

Jéssica diz que a expectativa de vendas é que elas se equiparem as do mesmo período do ano passado. “Ha um anseio para a compra depois de tanto tempo sem o cliente consumir”.

Apesar disso, ela está atenta ao impacto que terá a diminuição pela metade do auxílio emergencial. “Haverá uma diminuição na circulação de dinheiro com a redução do auxílio emergencial, mas isso já era esperado, pois o auxílio é provisório”.

Tatiane da Cruz Bittencourt, da Império do Jeans, diz que além da Black Friday e do Natal, em novembro a loja completa três anos e estará fazendo promoções que ainda estão em planejamento. “Nós estamos animados com a reabertura do comércio em horário normal e esperamos melhora nas vendas, mas como ainda tem pessoas com receio de sair de casa começamos a trabalhar com condicional. Levamos as mercadorias na casa do cliente, ele prova e aí fazemos como for melhor para ele. Recebemos na casa dele, parcelamos no cartão ou no crediário próprio da loja. Intensificamos nossas vendas através do WhatsApp e Instagram”, conta.

Ela conta que acredita que as vendas deste ano serão melhores que as do mesmo período do ano passado, apesar da pandemia. “Nós temos uma visão da loja, que está crescendo muito. Estamos trabalhando com muito mais variedade do que quando começamos então acreditamos que as vendas serão melhores que o ano passado”.

Quanto à redução pela metade do auxílio emergencial, Tatiane acredita que na loja não terá muito impacto porque “não estamos trabalhando com esse aplicativo e o término do auxílio já era previsto, além disso, agora começamos a voltar a rotina normal. As coisas devem se encaixar novamente”, conclui.


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