Isolamento radical
- A Voz Regional
- 17 de fev. de 2021
- 2 min de leitura
O casal Sônia e Milton Cassiano Sant’Anna, ela de 80 e ele de 83 anos, desde o primeiro momento entenderam que a Covid-19 não era uma gripezinha e iniciaram um processo de distanciamento social radical. Os dois eliminaram o contato social e higienizaram as relações com o mundo exterior, completando um ano sem sair de casa, exceção dos domingos em que passeiam de carro, sozinhos, para espairecer.
Eles contam que desde a segunda quinzena de março do ano passado não saem para compras, visitas e viagens. “No início, pensávamos que seria por uns vinte dias, depois, mais um mês e, assim foi passando o tempo, surgindo mais casos de infectados e óbitos. Não tínhamos noção de que seria por tanto tempo, inclusive não comemoramos nem em família, os aniversários, Natal e Réveillon”. Milton perdeu para a Covid o irmão Wanderley, de 83 anos.
Em casa, eles dizem levar vida normal. Milton cuida da parte burocrática, no escritório da casa e faz os contatos necessários com os filhos, pelo telefone. Sônia gerencia a casa e se dedica à culinária, experimentando novas receitas e relembrando as antigas. “Gosto muito de ler e me atualizar através de jornais e redes sociais. Geralmente, nos finais de semana, à tarde, saímos para dar uma volta de carro na cidade, sozinhos”.
As compras, segundo eles, são feitas através do telefone ou WhatsApp e entregues em casa, onde são devidamente higienizadas. A maioria dos contatos com os filhos e netos é feito através de chamadas de vídeo. “Temos um filho, morando fora, que não viaja e outro que mora na cidade e, quando vem em casa, ficamos numa área externa, semi aberta, onde guardamos o protocolo”, diz Sônia.
A funcionária da casa segue, de acordo com eles, o protocolo, “como nós, fazendo uso de álcool gel, distanciamento e máscara, quando necessário”.
Eles estão na expectativa da vacina, que julgam “extremamente necessária, a solução para essa doença, porém, continuando a praticar o protocolo recomendado, sem muita aglomeração, com máscara e aguardando as novas orientações do Ministério da Saúde”, conclui Sônia.
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