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Supermercados dizem absorver aumento de alimentos básicos para proteger consumidor

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    A Voz Regional
  • 16 de set. de 2020
  • 2 min de leitura

Arroz e óleo foram os que mais subiram e varejo espera aumento no feijão e outros produtos da cesta básica


Associações representativas do setor de supermercados enviaram documento ao governo alertando para a alta de preço de itens da cesta básica. A alta, segundo representantes dos supermercados de Monte Aprazível e Tanabi, se deve ao efeito do câmbio sobre o aumento das exportações. Os varejistas da região dizem absorver os aumentos para proteger consumidor.

Gustavo Henrique Ogawa, diretor comercial dos Supermercados Ivone, diz que os aumentos nos produtos da cesta básica estão acontecendo em razão da exportação. “Esses produtos estão sendo mandados todos para fora do país porque o dólar aumentou muito e as indústrias estão optando pelas exportações porque recebem mais pelo produto e o mercado interno está sofrendo com isso. As próprias indústrias já passam para os supermercados esses produtos com alto aumento de preço e nós somos obrigados a repassar para os consumidores”.

Eloíza Dantas Molina, do supermercado SuperEconômico, diz que os fornecedores alegam que a alta nos preços dos produtos da cesta básica se deve a alta do dólar. “Com o dólar alto as indústrias preferem exportar desabastecendo o mercado interno e nós ficamos sem saber o que fazer. Se compramos bastante com medo de faltar, corremos o risco de ficar estocados com preço alto e o preço cair. Estamos num período de insegurança”, comenta.

Ela e Gustavo são unânimes em afirmar que os produtos que mais subiram foram o óleo e o arroz. Eloíza diz que os aumentos foram da ordem de 40% a 50%. Gustavo diz que “até o momento os produtos que mais subiram foram arroz e óleo e podem aguardar um aumento de açúcar e feijão. Quanto ao percentual, explodiu, os aumentos têm sido semanais, algumas vezes até diários e pode ser que suba ainda mais”.

Para amenizar o problema os supermercados tem reduzido sua margem de lucro. “Se formos repassar os aumentos na totalidade o consumidor não aguenta. Para proteger o consumidor quando percebi que estava subindo consegui fazer uma compra grande com um preço melhor. Comprei mais barato para poder vender mais barato. Se fosse comprar agora teria que estar vendendo mais caro”.

Gustavo conta que estão reduzindo a rentabilidade para amenizar o problema. “Para se ter uma noção hoje estamos vendendo o arroz e o óleo, que mais subiram, praticamente no valor de custo nosso, porque se realmente colocássemos o valor de rentabilidade que o mercado precisa aí sim o consumidor final sofreria ainda mais”.


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