A redenção da safra
- A Voz Regional
- 27 de fev. de 2017
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A safra da cana-de-açúcar deve começar mais cedo esse ano, na primeira quinzena de março, para euforia do comércio que não vê a hora da cana começar a ser esmagada para as vendas melhorarem. A maioria da colheita será mecanizada, mas ainda assim será necessária a contratação de trabalhadores braçais porque em áreas sem sistematização o corte ainda será manual.
O coordenador agrícola da Associação dos Plantadores de Cana da Região de Monte Aprazível (Aplacana), João Aoki, diz que a safra terá início na primeira quinzena de março e seu final está projetado para novembro.
A grande maioria do corte será mecanizado, mas, segundo ele, “tem áreas em que a máquina não entra, áreas sem sistematização, onde o corte será manual”. Por isso, será preciso a contratação de braçais. Mas as contratações devem ficar abaixo das realizadas na safra passada. “O número de contratações deve ser menor que o ano passado porque tentarão colher até o limite com a máquina”.
A Aplacana deve colher nesta safra entre 2,3 a 2,5 milhões de toneladas de cana. “Em comparação com a estimativa da safra passada deve haver uma queda de 500 a 700 mil toneladas isso em face do envelhecimento dos canaviais, já que não houve novos plantios em razão da crise do setor, e da queda de produtividade básica”, explica.
Alívio
O início da safra está sendo visto pelo comércio como um alívio para o período de secura nas vendas. Rosa Maria Pereira da Silva, da Lojinha Presentes e Novidades, diz que “a gente não vê a hora de começar a safra para começar a correr dinheiro na cidade e o comércio melhorar”.
Segundo ela, durante a safra o movimento no seu comércio costuma melhorar entre 30% a 40%. “Mas na situação que está, se melhorar 30% já está ótimo”, enfatiza.
Rosa Botte, da Cergatti News, também vê no início da safra a possibilidade de melhora. “Todo janeiro e fevereiro as pessoas têm muitos encargos para pagar, a safra coincide com o período que esses encargos terminaram e começar a girar dinheiro na cidade. A safra sempre movimentou a economia local, por isso a expectativa é que melhore e permita Deus que melhore logo”, diz.
Jurandir Longo, das Lojas Longo, diz que o início da safra é sempre muito expressivo para as vendas do comércio em geral. No seu segmento, que é roupas e calçados, ele calcula que chega a aumentar entre 30% a 40% o movimento quando começa a safra. “Porque começa a girar dinheiro no comércio em geral, nas oficinas mecânicas, nos postos de combustíveis nas lojas, enfim, melhora para o comércio como um todo”, diz.
Cleonice Aparecida Lulio Priuli, da Loja Líder, também aguarda o início da safra com expectativa. A safra, segundo ela, “sempre melhora o comércio, porque o pessoal se anima a gastar já que está empregado. Em tempos de escassez de emprego como agora a usina é a maior fonte de renda para o trabalhador, que estando empregado aumenta as vendas em mais de 10%, percentual muito bem vindo nessa crise”, finaliza.
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