APAE: 52 anos promovendo a igualdade da diferença

Monte Aprazível tem uma instituição fantástica: a APAE. Seus alunos, há anos, se destacam no esporte, nas artes e na produção de alimentos na unidade rural da escola, na alfabetização, nas aulas de informática. Há muito que se falar deles, mas quase nada que a sociedade de Monte Aprazível não conheça.

Neste outubro, quando a escola completa os 52 anos da sua criação, comemorado no dia 24, é oportuno falar dela mesma, a APAE. Mas, quem é a APAE que possa ser homenageada por estar há 52 anos demolindo preconceitos, conquistando espaço para a inclusão e fazendo entender que a diferença não anula a igualdade?

A APAE é um monte de gente. É o grupo de pais que, ao se empenharem na criação da escola, sem ter clara a ideia naquele 1965, estavam criando meios para que seus menino(a)s tivessem vida mais longa, com qualidade, e grau de independência razoável quando órfãos. Esses menino(as) fundadores, alguns órfãos, estão quase todos aí, sessentões

A APAE é sua diretoria abnegada, que não se renova, cumpre mandato sobre mandato por falta de interessados nos cargos de uma entidade com recursos sempre aquém das necessidades de investimentos.

A APAE são seus colaboradores contribuintes de todos os meses, daqueles que estão sempre dispostos a socorrer nas precisões, do colaborador anônimo e esporádico que ora aparece na sede com um saquinho de arroz, com um envelopinho em dinheiro, aquele que compra o número de rifa.

Mas a APAE é mesmo seus funcionários, seus profissionais de saúde, seus professores, instrutores de educação física, esportes, arte e agriculturas. E são eles que são importantes na APAE porque não produzem nada de concreto, eles constroem conceitos de cidadania, de saber, de saúde, de fraternidade, de inclusão. Eles constroem um mundo diferente, tendo como base a igualdade.