Com ação na Justiça, o pior para os bares está por vir
- A Voz Regional
- 12 de ago. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 2 de set. de 2020
Contrariando o Decreto Estadual, o prefeito de Monte Aprazível, Márcio Miguel, permitiu que bares e restaurantes permanecessem abertos até as 17 horas. Mesmo assim, a benevolência municipal não estava agradando os comerciantes; bem pior vai ficar caso a justiça acate pedido do Ministério Público para que permaneçam fechados completamente (ler reportagem nesta página)
Orlando Troleis Junior, do Bar do Gum, diz que o fechamento do bar às 17 horas prejudica o estabelecimento. Ele acha que deveria abrir as 8 horas e não às 9 horas e fechar às 18 horas e não às 17 horas como determina o decreto municipal. “Quando abrimos às 9 horas tem aquela concentração de gente, enquanto que se abrirmos às 8 horas não causa esse tumulto”.
Orlando diz que seu movimento “graças a Deus não caiu muito”. Está tocando o bar sem prejuízo, mas isso porque “tenho prédio próprio, se pagasse aluguel complicaria”.
Antônio César Murade, do Esquinão Bar, diz que “para nós do bar ficou ruim. O nosso movimento é das 17 às 21 horas, quando o pessoal sai do serviço. Para mim o ideal era fechar durante o dia e abrir pelo menos até às 20 horas”.
César diz que houve queda de 70% no faturamento porque “meu forte são os espetinhos das 17 até as 21 horas e fechado perdi essa renda. A gente vai tocando o negócio na marra, com prejuízo”.
Leandro Aparecido Righetto, do Bar do Righetto, também está descontente com o decreto que determina o fechamento de bares às 17 horas. “Do jeito que está é melhor ficar fechado, porque o nosso movimento começa às 17 horas em diante. Durante o dia vai uma ou outra pessoa mas o movimento é fraco”.
O faturamento de Righetto caiu mais de 50%, segundo conta. “Está dando para tocar o bar, mas com prejuízos”, diz. José Fernando Andreta, do Bar Sete Copas, também está insatisfeito com o fechamento dos bares às 17 horas. “O melhor horário para a gente trabalhar é das 17 às 22 horas. O movimento começa de tardezinha quando o pessoal sai do trabalho para pegar uma cerveja, um cigarro”.
O faturamento de Fernando caiu, segundo ele, em 80%, e ele está tocando o bar com prejuízo. “Ajudo meu pai no sítio e tenho outras fontes de renda, mas estou colocando dinheiro das outras renda no bar”, conta.
Valmir Salvioni, da Santo Graal Cachaçaria e Petiscaria, diz que há 4 meses não está abrindo o bar, que só trabalha a noite. “Somos um bar noturno trabalhamos à partir das 18 horas e desde março estamos fechados aguardando a flexibilização, já que não trabalhamos com delivery”, conclui.
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