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Com perda de plano de saúde, classe média engrossa filas nos postos de saúde

  • Foto do escritor: A Voz Regional
    A Voz Regional
  • 18 de abr. de 2017
  • 3 min de leitura

Com o agravamento da crise econômica e o desemprego muitos brasileiros mudaram de hábitos de consumo e foram obrigados a tomar decisões difíceis, mas necessárias para que o orçamento doméstico coubesse nessa nova realidade financeira. Entre essas decisões está a desistência de planos de saúde. Uma pesquisa mostra que, com dificuldade de manter o seguro saúde, 34% dos brasileiros desistiram do plano de saúde e passaram a recorrer ao SUS (Sistema Único de Saúde). De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) somente em janeiro mais de 190 mil pessoas cancelaram seus planos de saúde, outros migraram de um plano mais caro para outro mais barato ou, como é o caso do casal Nelson e Marina Avellar, para um plano empresarial.

O reflexo da desistência dos planos de saúde repercute diretamente nos hospitais e nas unidades básicas de saúde, cuja demanda por atendimento aumentou. Nereu Paschoalli Junior, assessor de Saúde de Monte Aprazível, diz que vem notando aumento no atendimento das unidades básicas de saúde e também na área da farmácia. “De fato houve um aumento na procura por médico nas unidades de saúde do município – diz – conseguimos aferir esse aumento na demanda em razão do aumento na fila de espera por encaminhamentos e exames e isso tem um custo”.

Ele conta que a Saúde do município está sendo programada para aumentar o atendimento “porque as cotas para encaminhamento de consultas e realização de exames são insuficientes”.

Só que isso, segundo ele, tem um custo. Por isso, ele diz que na licitação realizada para a contratação de exames laboratoriais, houve aumento na quantidade de exames e “também estamos elaborando um projeto para aumentar o serviço de atendimento médico nas unidades de saúde a partir de maio com o aumento do número de consultas de alguns profissionais já contratados, além da contratação de novos médicos, vale mencionar ainda que os médicos do PSF já estão atendendo 8 horas diárias desde janeiro”. Atualmente a prefeitura trabalha com 18 médicos e para maio já estão contratados mais 3 clínicos, mais um cardiologista, mais um ginecologista e mais três novos especialistas, sendo um rematologistam um otorrino e um psicanalista.

A demanda por atendimento e exames aumentou tanto que Nereu conta que “as cotas de exames laboratoriais do Estado que antes eram suficientes para um mês inteiro, agora se esgotam em uma semana a 10 dias. Daí a necessidade de contratar serviço de empresa privada”, explica.

O provedor da Santa Casa de Misericórdia de Monte Aprazível, João Roberto Camargo, diz que a migração dos planos de saúde para o SUS é preocupante, especialmente para o hospital, pois, segundo ele, diminui a receita da Santa Casa que procede em cerca de 15% dos convênios.

“Cerca de 85% do atendimento prestado pela Santa Casa – diz – é através do SUS e cerca de 15% é relativa a convênios. Com a migração, essa receita cai e sobrecarrega o atendimento do SUS havendo, pelo menos de início, um impacto financeiro

Alternativa

Marina Célia Crespijo Avellar, diretora regional do Centro do Professorado Paulista (CPP), diz que a procura dos associados por um plano coletivo de saúde do clube aumentou de tal maneira que ela resolveu cotar com alguns e o clube há algum tempo firmou contrato com uma operadora de saúde. Mas as mensalidades aumentaram muito e a queixa voltou a reinar. Por isso, Marina resolveu negociar com outras operadoras pacotes mais benéficos para os associados e consequentemente para ela e a família também.

“Nós conseguimos uma operadora com valores muito bons, um contrato muito vantajoso para os associados e acreditamos que a migração deverá ser boa, pois no contrato com a antiga operadora do plano coletivo as mensalidades ficaram muito altas”, conta.

Marina conta que ela e o marido Nelson já migraram para essa operadora e diz que “no nosso caso, a mensalidade nesse novo plano coletivo caiu 43% para o casal”. Agora o clube vai começar uma campanha de divulgação entre os associados da base que abrange Monte Aprazível, Tanabi, Poloni, Macaubal, União Paulista e Nipoã, para saber se os associados também desejam a migração para um plano coletivo de operadora mais barata.

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