Com preço em alta, milho atrai produtores
- A Voz Regional
- 17 de out. de 2016
- 2 min de leitura
Os preços do milho no mercado interno devem se manter bons em parte do próximo ano. Especialistas de mercado afirmam que as altas do grão vão se manter até a entrada da segunda safra do ano que vem e ainda assim caso a segunda safra de milho seja bem sucedida e tenha uma área plantada maior. A notícia animou produtores rurais de Monte Aprazível que devem aumentar o plantio da safra 2016/2017 em cerca de 20%.
Pedro Maset Junior, proprietário da casa agropecuária São Pedro, diz que apesar do aumento da semente de milho em cerca de 30% tem havido aumento na procura “porque o preço final do milho está bom, com a saca em torno de R$ 40,00. O adubo, em compensação, baixou cerca de 18% A 25%”, diz ele.
Pedro conta que “a julgar pelo aumento na procura por sementes acreditamos que a área plantada de milho nessa safra deva aumentar em cerca de 20% relação à última safra.”
Diogo Martins Arruda, presidente do Sindicato Rural Patronal de Monte Aprazível, diz acreditar em aumento de plantio. “Se o preço do milho continuar bom, a tendência é de aumentar a área plantada, apesar da área disponível para plantio de grãos ser pequena no município. A maioria da área está ocupada com cana, mas tem muita gente que está terminando o ciclo da cana e desistiu de reformar o canavial e está plantando milho ou soja, cultura que está aumentando muito na nossa região, para esperar até o ano que vem, para saber qual o futuro da cana”, comenta.
Ele conta que o produtor de cana está assustado com a colheita da próxima safra “porque é pouca máquina para muita cana. Agora a colheita é toda mecanizada. São 9,5 milhões de toneladas de cana para ser colhida e só tem máquinas para colher 6,5 milhões de toneladas. Estão sobrando 3 milhões de toneladas. Vamos ter que correr atrás de máquinas e equipamentos para colher esse excedente – diz – o problema é que uma máquina com equipamento custa em torno de R$ 1,8 milhões e 80% dos produtores rurais do município, são pequenos e médios, não têm como comprar uma colhedeira.”
Enquanto o produtor aguarda o desenrolar desse imbróglio, tem partido, segundo Diogo, para o plantio do milho. “O problema é que para dar um bom lucro o plantio de grãos tem que ser plantado em mais de 30 hectares e as áreas disponíveis em Monte são pequenas.”
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