Comercio regional vê 2021 com incerteza e esperança

Tradicionalmente os três primeiros meses do ano são ruins para o comércio em virtude dos gastos de final de ano das famílias, período de férias e gastos com IPTU, IPVA e material escolar. Temos ainda na região a entressafra da cana e, nacionalmente, o fim do auxílio emergencial e ainda o aumento de casos de Covid que pode gerar restrições ao funcionamento do comércio. Comerciante, em sua maioria, vem esse quadro com apreensão.

Giuseppe Maset Junior, da Loja Maset, vê o cenário com muita preocupação. “Primeiro porque com o aquecimento das vendas no segundo semestre, muito em virtude do auxílio emergencial as vendas dispararam e com elas os aumentos abusivos dos empresários brasileiros. Tem produtos da minha loja que simplesmente dobrou de preço. Só que com o fim do auxílio, entressafra, despesas como IPVA, IPTU e material escolar, o brasileiro terá que se desdobrar para honrar seus compromissos. Acredito seriamente numa recessão no primeiro semestre de 2021, o assalariado ficou algo em torno de 50% mais pobre, seu salário praticamente não subiu e com esses aumentos a conta não fecha! E se tiver que fechar novamente o comércio e a indústria não tenho dúvida que o caos estará instalado”.

Rosa vê o ano com esperança

Rosa Botte, da Cergatti News, também vê o cenário com preocupação. “Todo começo de ano é difícil devido às contas todas, os impostos etc, mas esse ano está mais difícil devido à pandemia, essa insegurança que nos rondam, mas a esperança é a última que morre. Fé em Deus e vamos em frente”.

Já, Jéssica Fachin Longo, da Loja Longo, vê esse quadro com “positivismo. Há a expectativa para retomada do comércio, pois já voltou a atividade, a geração de emprego, e o anseio pelo consumo depois de um grande tempo sem o mesmo. O mês de janeiro costuma ser um mês bom devido as liquidações, fevereiro que é um pouco mais fraco e março reage novamente. E com a vinda da vacina, que logo estará disponível para todos, causa mais tranquilidade e motivação nas pessoas”.