Comércio investe e-commerce pelo futuro da atividade
- A Voz Regional
- 4 de ago. de 2020
- 4 min de leitura
Atualizado: 2 de set. de 2020
O Brasil registrou um aumento médio de 400% no número de lojas que abriram o comércio eletrônico durante o período da quarentena. Segundo a ABComm, até o começo das ações para conter o coronavírus no país, na segunda quinzena de março, a média era de 10 mil aberturas por mês. O número saltou para 50 mil mensais logo após os decretos de isolamento social.
O levantamento indicou que mais de 100 mil lojas já aderiram às vendas pela internet e os setores que estão em alta são os da moda, alimentos e serviços. A Voz Regional quis saber como os comerciantes da região estão lidando com as vendas pela internet.
A maioria deles, como Cleonice Lulio Priuli, da Loja Líder, está explorando as redes sociais como facebook, Instagram e WhatsApp. “A gente tem que se adaptar ao novo. Estamos nos virando como podemos. Ligamos para o cliente, postamos fotos e características da mercadoria nas redes sociais, se o cliente não quiser vir na loja, nós levamos a mercadoria até ele e assim vamos tocando”.
Ela diz que o retorno financeiro resultante das postagens em redes sociais ainda é pequeno. “Recebemos muitas curtidas, mas vendas que é bom, tem sido poucas através dessa ferramenta”. Mas ainda assim ela continua insistindo no recurso. Cleonice diz estar aberta ao novo e está ciente de que “a gente tem sempre alguma coisa para aprender. Sou aberta ao novo. Se tiver que aprender eu aprendo. Acho que domino mais ou menos a linguagem digital, mas o que não sei peço ajuda. O meu provedor de internet me dá um bom suporte e meu filho também”.
Rosa Botte, da Cergatti News, diz que como a loja está aberta não investiu pesado em vendas eletrônicas. “Por enquanto tenho me limitado a postar as mercadorias no facebook e Instagram e quando as pessoas pedem nós levamos as mercadorias até o cliente”.
Ela diz se considerar uma conhecedora “média” da linguagem de marketing digital e que “se não estiver preparada procuro alguém que esteja. Tem um pessoal que nos socorre quando precisamos”.
Rosa acha que a prefeitura e associação comercial tem muitas ferramentas que podem ajudar os comerciantes nas vendas pela internet. “A associação comercial tem o posto do Sebrae que pode promover cursos sobre vendas online e a prefeitura tem feito a parte dela. Mexeu no horário de funcionamento do comércio, mas está deixando a gente trabalhar, caso contrário estaria mais difícil”, diz.
Tatiane Cruz Bittencourt, da loja Império do Jeans, conta que tem usado bastante a internet para ajudar nas vendas. “Começamos a usar o WhatsApp, o Instagram e o facebook. O pessoal nos chama no direct do Instagram e a gente leva a roupa para eles. Temos divulgado bastante essa modalidade de vendas através das redes sociais e agora com crediário próprio a gente consulta os dados da pessoa, monta uma sacola de acordo com o gosto dela e leva até sua casa. Recebemos no conforto da casa dela com dinheiro ou cartão e se ela preferir no crediário da loja”.
Apesar dessa modalidade de vendas ter chamado bastante a atenção dos clientes, Tatiane diz que as vendas online ainda não atingiram o patamar esperado.
“A gente percebe que o cliente ainda está inseguro com o futuro e está segurando o consumo”. Mas Tatiane diz que eles continuam investindo nessa modalidade de vendas e conta que estão aprendendo a operar com a tecnologia e estão aprendendo a linguagem de marketing digital. “O que a gente não sabe procuramos profissionais da área para nos ajudar”.
A presidente da Associação Comercial e Industrial de Monte Aprazível (Acima), Maria Inês Andreta Paiola, diz que a maioria dos comerciantes estão usando todos os recursos que podem para tentar aumentar as vendas. “A grande maioria aprendeu a usar as redes sociais e estão intensificando postagens de produtos no facebook, Instagram e WhatsApp. Hoje são raras as pessoas que não sabem operar essas redes sociais”.
Apesar disso, ela diz que nem todo comerciante está preparado para operar a tecnologia e que nem todos dominam a linguagem de marketing digital. “Aquele que não tem essas habilidades procura ajuda de profissionais que dominem o assunto, porque nesse período todos tem que se reinventar”.
Ela diz que a Acima tem como ajudar os comerciantes, através do posto do Sebrae que está instalado em sua sede. “É possível promover cursos online”. E a prefeitura pode ajudar também porque, segundo ela, “o momento agora é de união de forças. A prefeitura ajuda com orientações e a Acima com cursos online, porque a vitrine das lojas a partir de agora serão as redes sociais. A tendência será essa”.
Facilidade
Antônio Donizeti Zioli é um consumidor que a cada dia mais efetua suas compras pela internet. Ele diz que o que o atrai nas vendas online é a facilidade. “Eu compro o produto da minha casa, escolho o produto, vejo toda a sua descrição, pesquiso valores, material, analiso se tem alguma reclamação e compro pelo menor preço, tudo pela internet e sem sair de casa”.
Ele conta que cada vez mais efetua as compras pela internet. “Até as cápsulas de café da minha cafeteira eu compro pela internet. Eles me entregam em 4 dias”. Donizeti já comprou através da internet fogão, geladeira, caixa de som e mais uma infinidade de produtos para a casa. Nunca tive nenhum problema. Não vejo desvantagens, só vantagens.”
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