Industrias estão otimistas com geração de emprego
- A Voz Regional
- 11 de fev. de 2020
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Atualizado: 2 de set. de 2020
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou números de que houve queda na produção industrial brasileira de 1,1% em 2019, em todos os setores, menos nos bens duráveis da linha branca, como geladeiras, fogões e máquinas de lavar, e alimentos. Empresários de Tanabi e Monte Aprazível, ouvidos por A Voz, admitem o recuo em 2019, mas afirmam que no final do ano iniciaram uma recuperação, inclusive, com a geração de alguns empregos.
Rodrigo Bechara, da JB Bechara, diz que “a queda na produção industrial de 2019 está intimamente ligada à indústria extrativa, que recuou quase 10% em 2019 devido à catástrofe de Brumadinho no início do ano. Fora desse ciclo, a nossa empresa iniciou um processo de recuperação de sua capacidade produtiva e os números foram melhores do que os últimos cinco anos. As perspectivas são positivas, na crença de uma pequena mas gradual recuperação econômica, porém, temos que ressaltar que vivemos incertezas tanto no ambiente doméstico quanto internacional”.
Toninho Minuci, da MM Gabinetes, diz que 2019 foi um ano “meio complicado”, com calmaria nas vendas, mas no final do ano houve uma recuperação, inclusive com a contratação de alguns novos postos de trabalho. “A perspectiva para 2020 é boa. Estamos confiantes de que 2020 seja melhor do que 2019. A aprovação da Reforma da Previdência foi um ponto importante e que terá boa repercussão esse ano. O empresariado está otimista”.
Jorgito Bechara, da Indústria de Móveis Bechara, diz que na sua empresa em 2019 retomou o crescimento com “um pouquinho” de emprego e deve melhorar ainda mais porque “particularmente acho que essa queda na produtividade é momentânea, mas deve melhorar, porque todos os indicadores da economia são favoráveis ao crescimento. A taxa básica de juros caiu para 4,25%, a menor da história desde que foi criado esse medidor de juros. O índice de desemprego está caindo, o emprego está aumentando gradualmente. A credibilidade do país está aumentando e os investidores estrangeiros estão voltando a investir no país, o que gera emprego e renda. A retomada do setor imobiliário com juros de financiamento mais baixo, favorecendo a construção civil e o agronegócio também está sinalizando um crescimento muito grande, que ajuda muito no nosso PIB, sinalizando uma supersafra de grãos, com preços dos commodities muito bons”. O impacto do coronavírus nos negócios, segundo Rodrigo, tem seus efeitos acompanhando de perto, porém ainda não são visíveis. Toninho diz que por enquanto não há impacto em razão do coronavírus porque não exporta seus produtos e nem importa matéria prima, “mas é claro que se houver impacto na economia de uma forma geral, acaba respingando em todos os segmentos, inclusive em nós”. Jorgito acha que embora a tragédia exista, há muita especulação em torno dela. “Na China, o estrago é grande porque as indústrias estão paradas e o turismo também parou, mas não sei dimensionar onde ela pode nos afetar. De imediato, não nos afetou e acho que não chegará a nos afetar porque com a tecnologia, a comunicação entre os países acho que a curto prazo a doença estará controlada”.
É muito boa entre os empresários a expectativa na criação de empregos em 2020, depois de um quadro devastador no cenário de vagas nas duas cidades. Rodrigo diz acreditar que os números serão melhores tanto em Tanabi como no país de uma forma geral. Porém, ele não acredita num “boom” de geração de empregos, mas sim de um movimento lento e gradual. “Em Tanabi, a prefeitura está preste a iniciar as obras do Distrito Industrial, o que poderá gerar um número substancial de novos empregos. É preciso políticas públicas de geração de emprego, pois se somarmos os números de vagas criadas em Tanabi desde 2013, teremos a miséria de 18 vagas criadas. Só vamos gerar empregos se a economia local andar e se dermos incentivos para o empresário e não onerar a carga tributária”.
Toninho diz que em novembro criou seis novas vagas de emprego na indústria. “Fizemos novas contratações que continuam conosco no quadro de pessoal e se a expectativa de melhora do mercado se confirmar acaba repercutindo positivamente na criação de empregos”.
Jorgito diz que se houver a retomada do crescimento como se vislumbra “haverá automaticamente aumento de emprego. Temos que torcer para não acontecer nenhum fato novo na nossa economia, pois a retomada da economia será natural”, conclui
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