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Itália vive drama com situação tensa e aumento de mortos pelo coronavírus

  • Foto do escritor: A Voz Regional
    A Voz Regional
  • 17 de mar. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 2 de set. de 2020

São mais de 15 mil casos confirmados e mais de 1,2 mil mortos e muita discussão política

Estou na Itália há algumas semanas para providenciar o meu processo de cidadania e afirmo que a situação por aqui é bem tensa. A situação tem se agravado muito nos últimos dias, com o surto da doença e praticamente o país todo ficando de quarentena. Por determinação do governo, os italianos precisam ficar em casa, com seus familiares e não saírem mais às ruas, como era de costume. As escolas estão fechadas, assim como comércios. Só funcionam mesmo os supermercados para as pessoas fazerem suas compras, farmácias e transporte público. As pessoas só podem sair de casa em caso de urgência, como ir no médico, fazer compras, para trabalhar e em caso de extrema necessidade. Detalhe, precisa preencher um formulário com os dados pessoais, informando o trajeto.

Nesta sexta-feira (13) o governo italiano iria se reunir com sindicatos, federações da indústria nacional. Na pauta do encontro se vão fechar as indústrias e fábricas grandes ou não. O Vêneto, local aonde estou, é o que detém o maior setor produtivo da Itália, com centenas de indústrias. Os empresários não querem parar suas indústrias e assumirem o prejuízo sozinhos. Querem uma contrapartida do governo. Uma briga política tem dominado as pautas desde a semana passada, com o governador do Vêneto, Luca Zaia e o ultraconservador Matteo Salvini brigando pelo fechamento e ajuda do governo, inclusive da zona do euro. Salvini e Zaia criticaram a presidente da Comissão Europeia, Ursula Gertrud Von de Leyen. Criticaram a dirigente alemã, afirmando que ela foi hipócrita. Nesta semana, Ursula gravou um vídeo, amplamente divulgado, onde falava em italiano que todos da Europa eram italianos e se solidarizavam com o que o país estava passando. “Se isso for verdade, nós não percebemos: a Europa é aquela que está fechando as fronteiras internas, que, num momento como este, também está a fugir do ponto de vista financeiro. Essa é a maneira deles de ser ‘todos italianos?”, afirmou Zaia em várias entrevistas.

O panorama geral é de que o vírus ainda infecte mais pessoas na Itália e em toda a Europa. Por isso as determinações agressivas do governo para que as pessoas fiquem em casa e evitem o contágio. A polícia tem feito barreiras e abordado pessoas que estão saindo de suas casas. Caso a pessoa não tenha uma boa justificativa para ter saído sofre uma multa pesada de mais de 300 euros.

E parece que é no bolso que os italianos entendem. Ontem fui ao supermercado e vi ruas e mais ruas vazias. Até no supermercado o movimento era pequeno. Ainda não faltam produtos nas prateleiras. Existe uma boa oferta de comida. Mas máscaras e álcool em gel não se encontram mais em boa parte da Itália.

Vamos torcer para esse vírus seja controlado o mais rápido, que o contágio diminua e as mortes também. E que todo esse drama acabe logo.

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