Monte Aprazível está infestada de pombos que se ploriferam com rapidez e combate não cruel é difícil
- A Voz Regional
- 29 de mai. de 2017
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A alta concentração de pombos em áreas urbanas tornou-se um problema de saúde pública. O acúmulo de fezes depositadas em edificações, calçadas, monumentos, torna sua limpeza uma tarefa de risco para pessoas leigas ou despreparadas, pois podem acarretar uma série de doenças. Pelo menos 57 delas já foram descritas, entre as quais a salmonelose, toxoplasmose, histoplasmose e criptococose. A maioria das zoonoses é causada pelo contato com as fezes, mas podem ser originadas também do contato com as penas de aves doentes, ou piolhos e ácaros delas.
Além das doenças a presença dos pombos nas edificações causa alguns transtornos, como a presença de ninhos em prédios públicos que podem causar entupimento dos sistemas de drenagem ou dispersão de micro fragmentos de fezes secas com agentes patogênicos para o interior dos estabelecimentos, a atividade dos pombos próxima de pontos de ar condicionado pode permitir a dispersão de microorganismos provenientes de suas fezes ou penas para o interior das edificações e propiciam o entupimento de calhas e infiltrações em forros.
O terminal rodoviário de Monte Aprazível é um dos prédios públicos da cidade que está tomado pelos pombos para desespero de seus usuários e de pessoas que trabalham no local. Os pombos estão por toda parte, pelos corredores das salas onde se localizam repartições públicas, pela área de embarque e desembarque, enfim, espalham sujeira por toda a parte. Os passageiros reclamam da sujeira e alguns já foram alvos das fezes dos bichos, tendo que voltar em suas casas para trocarem de roupa antes do embarque.
A prefeitura fez uma tentativa de conter a proliferação dos pombos instalando telas em parte do local de embarque e desembarque, mas a tentativa foi insuficiente, já que a estrutura metálica do local é bastante grande e há local suficiente para os pombos fazerem seus ninhos.
Procurado pela reportagem de A Voz para saber quais as medidas de controle dos pombos, a assessoria de Meio Ambiente, diz que existem várias propostas para se obter um controle efetivo das infestações de pombos no ambiente urbano, “mas infelizmente tem-se observado algumas que apresentam pouca eficiência a médio ou longo prazo”, diz o assessor Paulo Alberto Trombim.
Ele explica que o sacrifício das aves nunca foi recomendável, por se tratar de crime de crueldade, de acordo com a legislação ambiental. Além disso, a população de pombos se recompõe rapidamente graças à farta disponibilidade de alimento e número de posturas por ano.
De acordo com ele, para cada edificação, é necessária a vistoria de um técnico especializado que avaliará as alterações construtivas que dificultarão ou impedirão o acesso dos pombos aos locais. Além disso, tão importante quanto o uso das barreiras físicas é a limitação às fontes de alimento. Como o ciclo reprodutivo é regulado pela oferta de alimentos, será de fundamental importância a diminuição dessa oferta, seja por um melhor acondicionamento do lixo, das fontes de alimento disponíveis, seja através da orientação das pessoas para não alimentarem os pombos.
Cleber de Paula Naves, gerente da casa agropecuária Agro São Pedro, diz que o estabelecimento possui um repelente para pombos. Trata-se de um gel a ser espalhado nos locais em que os pombos costumam ficar que os fazem se afastar em razão da textura e do cheiro. “Não é 100% eficaz, mas é uma das únicas opções que ameniza o problema”, diz. A bisnaga com 300 gramas custa R$ 19,00 e é suficiente para cobrir uma área de aproximadamente 20 metros quadrados.
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