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Montoro quer programa Mais Médicos em 2017

  • Foto do escritor: A Voz Regional
    A Voz Regional
  • 12 de dez. de 2016
  • 3 min de leitura

Para o novo chefe do governo municipal, a pasta da saúde precisará instituir jornada de 8 horas para médicos do PSF e intensificar atendimento domiciliar para agilizar os atendimentos


O novo prefeito de Monte Aprazível, Nelson Montoro (PSD) se reúne nesta segunda-feira (12) com o farmacêutico Nereu Paschoalli (PT), seu provável coordenador da Saúde, para discutirem as linhas gerais do atendimento básico no município. Montoro adiantou que os esforços serão no sentido de diminuir a demanda para a Santa Casa, com os pacientes sendo atendidos nos postos de saúde na hora.

Montoro e Nereu entendem que as resoluções de casos nos postos são baixas, com os pacientes indo procurar a Santa Casa de maneira automática, sobrecarregando os serviços dela e provocando enormes prejuízos com medicamentos e o não pagamento das consultas pelo SUS, já que o hospital tem cota de atendimento e o que excedê-la não é pago.

Para limitar a demanda de consultas aos postos de saúde, para Montoro, só se consegue com médicos presentes neles por oito horas, o que eleva a folha de pagamento. Para amenizar o impacto nas contas, Montoro se movimenta para incluir o município no Programa Mais Médico do governo federal. ” Foi um erro a atual administração não ter participado do convênio, o que foi feito por Tanabi e outros municípios da região. Os médicos que participam do programa já tem essa filosofia do atendimento básico, da visita residencial”, explicou Montoro.

A ideia é tentar assinar convênio para a vinda de três médicos do programa e Nelson recorreu ao médico e ex-secretário da saúde de Rio Preto, Cacau Lopes, com experiência no assunto, para orientá-lo na solicitação de ingresso no convênio. Pelo programa, o Ministério da Saúde contrata e paga ao médico R$ 10 mil pela jornada de 8 horas, ficando a prefeitura responsável pelo alojamento. “No regime de 8 horas, terminadas as consultas do dia, o médico tem ainda tempo para atendimento domiciliar, orientar a população sobre procedimentos saudáveis e de higiene e outros procedimentos educativos que contribuem para a qualidade de vida e são preventivos para doenças”, argumenta Montoro. “A ideia é fazer com que os pacientes, quando for o caso, se desloquem para a Santa Casa com o encaminhamento do médico, em situações que não podem ser resolvidas no postos. O que acontece hoje é que paciente já vai direto para Santa Casa porque sabe que não tem médico para atendê-lo ou que a consulta é marcada para outro dia. É obrigação do município fazer o atendimento básico, para a Santa Casa devem ir somente as emergências e as ocorrências noturnas”, reforça Nereu.

Segundo o prefeito a partir de janeiro, serão aplicados novos conceitos de cuidados da população a serem desenvolvidos nos postos com as equipes de médicos, enfermeiros e técnicos, como palestras de orientação, grupos de caminhadas e outras atividades.

Santa Casa

Nelson aguarda o dia 14, quando o Conselho Administrativo da Santa Casa realiza assembleia para eleger a nova diretoria e escolha do novo provedor, para discutir como se dará a relação da prefeitura com o hospital. “A Santa Casa têm autonomia administrativa, ela não é subordinada a prefeitura, como muitos pensam. O prefeito não tem nenhuma autoridade na Santa Casa, e ela é parceira da prefeitura no atendimento de pronto socorro. Essa é a relação existente. A situação é de troca de diretoria e vamos tratar da nossa parceria depois da eleição da diretoria.”

Cargos

Quanto à formação de seu futuro governo, Montoro diz que a decisão sobre nomes será definida até o final do ano. Segundo ele, a sua campanha eleitoral foi desenvolvida sem nenhum acordo nesse sentido. “Eu não fiz nenhum compromisso, por isso tenho total liberdade de escolha. Como coordenador da minha campanha e liderança política, o Camargo (João Roberto) tendo interesse pode escolher para aonde ir. Foram ventilados alguns nomes, como o do Nereu, do professor Pedro Polotto, para a educação, do Mané Mendes, para o almoxarifado, do Edvandro Ferreira, para a assessoria de imprensa, do professor Eliezer Justino, para a cultura, e esses nomes serão confirmados, são escolhas minhas, mas são também unanimidades aceitas pela população. Estamos discutindo nomes para os demais cargos, levando em consideração os critérios de competência e honestidade, mas tudo está sendo feito com muita calma, muita ponderação”, adiantou.

Ao todo são quase 60 cargos, mas nem todos serão preenchidos. Montoro argumenta que não havendo compromissos de campanha envolvendo cargos, alguns ficarão vagos, outros serão fundidos.

Montoro reiterou a participação de seu vice, Márcio Miguel (PP), no governo, afirmando que ele terá grandes responsabilidades na formulação de políticas de desenvolvimento rural e urbano e geração de emprego, além de coordenar as ações políticas com partidos e vereadores.

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