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Mulheres lutam pelo controle da Saúde

  • Foto do escritor: A Voz Regional
    A Voz Regional
  • 3 de abr. de 2017
  • 3 min de leitura

Conferências municipais da saúde das mulheres são instrumentos para estabelecer prioridades, metas e recursos


Profissionais da saúde e mulheres da comunidade monte-aprazivelenses participaram na tarde da última quarta-feira da I Conferência Municipal de Saúde das Mulheres com o objetivo de mobilização social que tem no centro a implementação da política nacional de atenção integral à saúde das mulheres.

De acordo com a enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Sílvia Câmara Paschoalli, uma das responsáveis pela elaboração da conferência, ela foi o espaço político de debate de idéias, de enraizamento de valores e práticas para o desenvolvimento da capacidade de formulação que propicie o crescimento da força das mulheres para se livrarem no jogo patriarcal, do machismo, do sexismo e da misoginia e que contribua para o avanço do controle social no SUS (Sistema Único de Saúde), para a garantia da atenção integral à saúde das mulheres, sem qualquer forma de preconceito e discriminação.

Como resultado, ainda segundo Sílvia, espera-se ampliar a representação dos sujeitos participantes, melhorar a organização e o formato das etapas deliberativas, reduzir e qualificar o número de deliberações e, estrategicamente, aprovar prioridades, dentre as diretrizes e ações, pela garantia de recursos constitucionais e das metas traçadas no Plano Nacional de Saúde e Plano Plurianual do período 2016-2019.

Entre os objetivos da conferência, estão, segundo Sílvia, propor diretrizes para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres, reafirmar, impulsionar e efetivar os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde para garantir a saúde como direito humano, a sua universalidade, integralidade e equidade no SUS, com base em políticas que reduzam as desigualdades sociais, étnico-raciais, de gênero, de orientação sexual, geracional, territorial, de classe, entre outras e mobilizar o debate sobre o impacto na saúde das mulheres da divisão sexual do trabalho, das condições, do salário e da jornada.

Durante a conferência foram discutidos quatro eixos: O papel do Estado no desenvolvimento socioeconômico e ambiental e seus reflexos na vida e na saúde das mulheres, o mundo do trabalho e suas conseqüências na vida e na saúde das mulheres, vulnerabilidade nos ciclos de vida das mulheres na política nacional de atenção integral a saúde das mulheres e políticas públicas para mulheres e participação social.

Durante a conferência municipal foram eleitas delegadas que representarão o município nas conferências de saúde das mulheres nas etapas regional, estadual e nacional. Representando a população foi eleita Queila de Moraes e representando os profissionais da saúde, Rosângela Renesto Junqueira, ficaram como suplentes, respectivamente, Osmarina Demônico e Ana Paula Parra.


AIDS E GRIPE

Dentre as atividades da I Conferência Municipal de Saúde das Mulheres realizada em Monte Aprazível no último dia 29 foi realizada uma palestra sobre DST/AIDS pela enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Sílvia Câmara Paschoalli. A Voz Regional ouviu a enfermeira sobre doenças sexualmente transmissíveis, especialmente a AIDS, que continua a preocupar as autoridades.

Segundo os números do Boletim Epidemiológico publicado em dezembro de 2016, os casos de AIDS entre as mulheres diminuíram, mas ainda continua alto o número de novas infecções. A doença tanto preocupa que Sílvia diz que o município possui alguns projetos de conscientização. “Um projeto que está ativo é o que temos em parceria com o colégio agrícola, que é transdisciplinar, ou seja, todos os professores em algum momento da sua matéria abordam a doença e depois fechamos a aula com uma palestra de DST/AIDS para os alunos em dois períodos”.

O que também tem aumentado muito, segundo ela, é o número de outras doenças sexualmente transmissíveis, como a sífilis “e com isso aumenta muito o perigo da sífilis congênita, podendo nascer crianças com atrofias musculares”, diz.

Os grupos mais vulneráveis, de acordo com a enfermeira, são jovens da faixa etária de 15 a 29 anos que não usam preservativos e os idosos por conta do uso de medicamentos para disfunção erétil e que também não se previnem com preservativos.

Se dizendo ser enfermeira da atenção básica, Sílvia defende campanhas incisivas. “Sou pela continuidade de campanhas sempre, pois elas sempre surtem efeitos”, enfatiza.

Vacina

Terá início no próximo dia 10, a Campanha Nacional contra o Influenza. A campanha inicialmente será realizada até o dia 19 de maio. De acordo com a enfermeira do posto de saúde, Gláucia Zoccal Fernandes Laguna, o público alvo são crianças a partir de 6 meses, trabalhadores da saúde, doentes crônicos, idosos a partir de 60 anos e a novidades dessa campanha, os professores da rede estadual, municipal e particular.

A expectativa é que a vacinação atinja a meta de cobertura de campanhas anteriores que, segundo Gláucia, tem girado em torno de 87% a 90%.

Segundo Gláucia, a vacinação é extremamente importante, pois apesar da inexistência de dados estatístico, são evidentes os indícios de diminuição de casos de doenças respiratórias mais graves, consequencias de simples gripes. “Notamos que o número de internações por complicações respiratórias tem diminuído, o que demonstra a eficácia da vacina, porque a vacina protege justamente contra as complicações da gripe”, encerra.

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