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O 1º dia de aula não é bicho de 7 cabeças

  • Foto do escritor: A Voz Regional
    A Voz Regional
  • 31 de jan. de 2017
  • 3 min de leitura

A ansiedade das mães e o desafio da criança podem ser superados no momento da separação com o entendimento de que os dois lados vão ganhar


Senhores pais, dominem a ansiedade. O ingresso da criança na escola pode até ser doloroso, mas é um grande aprendizado para todos.Depois de passar meses ou mesmo anos se dedicando exclusivamente ao bem estar do filho, é natural que distanciar-se dele, ainda que temporariamente, provoque dor.

O desafio de começar a freqüentar uma escola ou creche é enorme para a criança e para os pais, especialmente para a mãe, mas a mãe, adulta, é quem tem que segurar a onda. Tenha em mente que colocar a criança na escola vai fazer bem para a mãe, que terá tempo para cuidar de si ou voltar a trabalhar, e para a criança, que vai crescer em experiência. “Conhecer e socializar com novas crianças e adultos é muito benéfico e faz parte do desenvolvimento infantil”, lembra a psicóloga Laura Lúcia dos Santos Leher, que dá algumas dicas de como as mães devem agir quando os filhos vão para o primeiro ano de escola ou creche.

Segundo ela, “no começo, o momento de deixar o pequeno é bastante conturbado. Ligar uma vez ao dia para a escola para saber como está o filho ajuda a acalmá-la e vai criando confiança e vínculo com a instituição. Conversar com outras mães pode ser bom também. Ela vai descobrir que não é a única que está passando por isso e, o mais importante, que esta fase vai acabar. A mãe não deve aproveitar a primeira manhã da criança para desistir de tudo e levá-la para casa. É normal que os pequenos fiquem chorosos no começo, mas o drama não costuma durar. A criança pode chorar até uns 5 dias, mas depois ela se adapta”.

A psicóloga orienta que nesses casos a mãe pode fazer uma adaptação gradativa, fazendo com que o tempo de permanência da criança na escola vá aumentando até chegar no período desejado. “Esse desligamento é difícil tanto para a mãe, quanto para a criança, por isso a criança que percebe o sofrimento e a insegurança da mãe, vai ter dificuldade para se separar e se adaptar ao novo ambiente, além de sentir medo do abandono e insegurança. Por isso, se a criança tem idade para entender, a mãe deve conversar bastante sobre a escola antes de matriculá-la, sempre falando sobre o lado positivo e contando como primos ou irmãos mais velhos se divertem lá. Depois de escolhido o local, leve a criança para conhecê-lo, dessa forma ela vai criando vínculo com o espaço e as pessoas”.

A mãe, segundo ela, deve falar das vantagens do filho estar com novas crianças, fazendo novos amigos. Deve interessar-se pelo dia na escola e elogiar o filho que está crescendo e aprendendo coisas novas, legais e importantes.

Ela diz também que a mãe deve orientar a criança quanto a divisão de objetos e brinquedos. “A educação vem de casa, a escola vai complementar. A escola vai dar condições para a criança desenvolver a aprendizagem, socializar-se e aprender a respeitar as regras sociais, mas a educação vem do berço, deve ser passada pelos pais”, enfatiza.

Em contrapartida, o ambiente escolar, ainda segundo Laura, “deve ser limpo e rico em recursos pedagógicos, além de ser um ambiente de respeito. Professores e funcionários devem ensinar a criança a respeitá-los e a seguir as regras de comportamento, que ela precisa assimilar desde cedo, mas devem fazê-lo sempre com voz calma e olhando a criança nos olhos”, finaliza.

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