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O Dia de Finados, segundo as religiões

  • Foto do escritor: A Voz Regional
    A Voz Regional
  • 31 de out. de 2016
  • 3 min de leitura

Cada denominação vê a dia dos mortos de uma forma: católicos acreditam na ressurreição, kardecistas na reencarnação e para evangélicos não há ligação dos vivos com os mortos


Se a vida depois da morte existe ou não ninguém pode garantir, mas o que com certeza se conhece muito bem é o interesse do público pelo tema. Em meio a tantas incertezas, a continuidade da vida em planos superiores soa como consolo para nos mantermos em pé. Por outro lado, a imortalidade do espírito nos responsabiliza pelos sentimentos, pensamentos e ações praticados aqui na terra. Carregamos para a vida depois da morte os créditos e os débitos angariados no dia a dia.

A Voz Regional ouviu algumas religiões e doutrinas sobre a visão que têm da morte e sobre o Dia de Finados. O frei Francisco Aparecido Rodrigues, da Igreja Católica, diz que a morte, no dizer de São Francisco de Assis, “é nossa irmã, pois nos coloca diante do olhar afetuoso e amoroso do Pai. É voltar para o lugar de onde viemos, o coração amoroso de Deus”.

Ele diz que “para nós que professamos a fé em Jesus Ressuscitado não existe dúvida: Jesus ressuscitou para que nós possamos também ressuscitar. Não vivemos da separação, da dor, da perda, mas sim do encontro afetuoso, da alegria e do ganho da vida em Deus. Para a Igreja, a morte terrena é passagem para a eternidade sem fim”, enfatiza.

No Dia de Finados, a Igreja Católica, segundo do frei, celebra o dia de visitação aos lugares sagrados onde estão enterrados os mortos, “nossos irmãos e irmãs que já partiram para a casa do Pai. É o dia de rezarmos pelos falecidos. A liturgia do dia 2 de novembro é chamada de Comemoração dos Fiéis Defuntos, portanto rezamos por todos, sem exceção. Desde os primeiros século,s os cristão já visitavam os túmulos dos mártires para rezar por eles, que um dia testemunharam a vida e fé em Jesus Cristo”.

Érica Carmona Maionchi, seguidora da doutrina espírita, diz que a posição dos espíritas para finados é que a data deve ser vista “como mais um dia em que devemos elevar nossos pensamentos a Deus orando fervorosamente por aqueles que já partiram, para que esta prece, feita sempre de coração, seja um alívio para aqueles que amamos e já partiram para a pátria espiritual. Essa prece pode ser feita de qualquer lugar, em casa, nos templos religiosos e até mesmo no cemitério, o que vale é o sentimento”.

Os espíritas crêem na reencarnação. Segundo Érica, a doutrina prega que o espírito volta à vida material através de um novo corpo humano para continuar o processo de evolução.

O pastor Manoel Hipólito Pedroso, da igreja evangélica Presbiteriana Renovada, diz que não há nada de errado quando, movidos pelas saudades dos parentes ou pessoas conhecidas falecidas, se faz no Dia de Finados visita aos cemitérios e até mesmo quando se enfeita os túmulos de pessoas saudosas e caras. “Entretanto, proceder como faz a maioria, rezando pelos mortos e acendendo velas em favor das almas dos que partiram, verdadeiramente não encontra apoio bíblico. A Bíblia diz de forma inequívoca que os que morrem no Senhor gozarão de felicidade eterna, mas os mortos não se comunicam com os vivos, não tem consciência do que ocorre com os vivos no lugar onde estão”.

Ele afirma que para os evangélicos a oração se dá em vida, “depois que morreu acabou. Por isso que se tem que fazer de tudo enquanto houver consciência, enquanto tiver vida”.

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