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O Natal foi magro, mas deixou no comerciante a esperança de vendas melhores em 2017

  • Foto do escritor: A Voz Regional
    A Voz Regional
  • 9 de jan. de 2017
  • 4 min de leitura

Tanto em Monte quanto em Tanabi, associações e comerciantes falam em queda significativa nas vendas


O Natal é considerado pelos lojistas a data comemorativa mais importante em faturamento e volume de vendas. Mas em 2016, o Papai Noel foi mais magrinho. Com o acesso ao crédito mais difícil, juros, inflação e desemprego elevados, o poder de compras do brasileiro ficou mais limitado para compras caras. Na opinião de Cleonice Lulio Priuli, diretora de eventos da Associação Comercial e Industrial de Monte Aprazível (Acima) e Miler Veiga Oliveira, presidente da Associação Comercial e Industrial de Tanabi (Acit), o Natal 2016 foi de lembrancinhas.

As vendas, segundo eles, de uma forma geral se mantiveram estáveis se comparadas ao mesmo período de 2015. “Em conversas com comerciantes sentimos que as vendas desse final de ano foram iguais as do mesmo período do ano passado. Apenas o segmento de eletrônicos, com ênfase para o comércio de celulares, é que se destacou”, diz Cleonice.

Miler comenta que os vários setores com os quais repercutiu disseram que as vendas se mantiveram estáveis, numa comparação com o mesmo período de 2015. “Mas alguns se sobressaíram, como os segmentos de alimentação e vestuário, que registraram aumentos que variam de 5% a 10% no período”.

Ambos se mostram otimistas para as vendas do primeiro semestre de 2017. “A gente sabe que a crescente é devagar, mas com cautela o pessoal está voltando a comprar. Acredito que passados os três primeiros meses do ano, quando as pessoas estão preocupadas com pagamento de tributos e material escolar, as vendas devam começar a se aquecer. Estamos apostando num aumento de 3% a 5% de aumento até junho”, espera Miler.

Cleonice conta que a partir de agora o comércio deve começar a fazer promoções com vistas a atrair o consumidor nesses três primeiros meses do ano, quando o consumidor está sobrecarregado com impostos e materiais escolares. “Mas acreditamos que a partir de abril as vendas comecem a melhorar, porque vem o Dia das Mães, mudança de estação, quando o clima muda e é necessário comprar roupas e calçados para o frio, enfim, a expectativa é de melhora”.

O balanço de Natal

Tanto em Monte quanto em Tanabi, o preço médio do presente girou em torno de R$ 30,00 a R$ 100,00 com preferência de pagamento à vista. “Os consumidores estão mais preocupados em não comprometer o próprio orçamento com compras parceladas, por isso optaram por presentes mais baratos e geralmente pagos à vista, as famosas lembrancinhas”, explica Cleonice.

Miler diz que no comércio de Tanabi as compras a prazo ainda predominaram, por se tratar de comércio de uma cidade pequena. “As pessoas ainda tem o hábito de parcelar as compras, mas se notou um aumento considerável no pagamento à vista e no cartão de débito”.

O presidente avalia que o movimento foi bom. “Ficou dentro de nossas expectativas. A campanha Natal da Alegria, promovida pela Acit, que pretendia levar o consumidor ao comércio foi exitosa, atingimos nosso objetivo”.

Cleonice também avalia como boa a campanha de final de ano da Acima e diz que o consumidor está mais esclarecido e mais exigente. “Ele quer produtos que sejam bonitos, bons e baratos, não se contenta mais com qualquer mercadoria. Por isso, os lojistas tiveram que rever as negociações com seus fornecedores, de modo a adquirir boas e atraentes mercadorias a preços que consigam vender mais barato, mas de uma forma geral foi bom, esteve dentro de nossas expectativas que era de um Natal mais moderado mesmo”.

Vendas fracas

Comerciantes de Monte Aprazível, em geral, amargaram um Natal fraco. Segmentos de brinquedos, móveis e roupas e acessórios registraram queda nas vendas que chegaram até 30% se comparado com dezembro de 2015. O único segmento que se destacou foi o de alimentação, que registrou um aumento de 12%.

Fadlalla Cury, proprietário da Loja do Fadula, que trabalha com roupas, calçados e acessórios, diz que o movimento no Natal não foi como esperava. “Houve uma queda de uns 5%. O pessoal estava muito endividado, sem dinheiro. As vendas no decorrer de 2016 já foram mais fracas que em 2015, então nós já esperávamos esse desempenho, mas esperamos que em 2017 as vendas sejam melhores a partir de abril, porque no começo do ano as pessoas estão sobrecarregadas com encargos de casa e carro”.

Giuseppe Maset Junior, da Loja Matriz Móveis, diz que as vendas foram dentro da normalidade. “Se compararmos as vendas com as de dezembro de 2015, teve uma queda de uns 20%. Foi duro. Esperamos que esse ano as vendas melhorem”.

Rosa Maria Pereira, sócia proprietária de A Lojinha, que trabalha com brinquedos e variedades, diz que em comparação as vendas do decorrer de 2016, as de dezembro foram até boas. “Na última semana, o pessoal resolveu gastar um pouco, mas se compararmos as vendas do Natal de 2016 com as do Natal de 2015 percebemos uma queda de 30%”, calcula.

O único segmento que parece ter se salvado da crise em Monte Aprazível foi o de alimentação. Mauro Zanin, proprietário do Supermercado Aprazível, revela um aumento de 12% em comparação a dezembro de 2015. “O único ponto ruim é que na véspera de Natal e do Ano Novo as vendas se mantiveram iguais as de um dia normal de movimento, enquanto que na véspera do ano retrasado foi uma loucura”.

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