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O trabalhador está sem dinheiro até para as gambiarras

  • Foto do escritor: A Voz Regional
    A Voz Regional
  • 27 de fev. de 2017
  • 2 min de leitura

O comportamento da maioria dos brasileiros tem se adequado à realidade da economia. Em um cenário de inflação e salário real em queda, e juros com índices elevados, optar pela reforma daquela roupa ou o conserto de um eletrodoméstico pode ser uma boa opção para o momento. Hoje é aconselhável se adequar com o usado. Reformar, consertar ou ajustar são dicas para o momento, apesar de que até esse tipo de comércio sentiu o impacto da crise econômica, conforme diz Arnaldo Stochi, da Stochi Auto Peças e Serviços Automotivos.

Arnaldo conta que, em tese, o conserto do usado seria mais adequado ao momento econômico do que a troca pelo novo, mas isso não vem acontecendo como deveria. “O movimento tá fraco. O proprietário só traz o carro na oficina quando ele para e ainda assim faz os consertos parciais. O pessoal está sem dinheiro. As costumeiras revisões de novembro e dezembro para as viagens de férias deixaram de ser feitas e isso é geral. Tenho amigos em Ribeirão Preto e Olímpia que falam que a situação lá é a mesma daqui”.

O sapateiro Élvio Scanferla diz que a procura por consertos caiu, mas nem de perto caiu tanto quanto a procura por calçados novos. “Quando precisa, o pessoal manda arrumar, mas pelo jeito o povo está sem dinheiro e o pouco que tem está segurando, só usando para as prioridades. Estão fazendo somente o necessário mesmo”, comenta.

O eletrotécnico Universo Carlos Rosa também diz que o movimento está moderado, embora afirme que houve aumento de consertos desde o início da crise econômica. “Serviço tem bastante, embora não seja um exagero, pois as pessoas estão preferindo consertar o usado, já que os aparelhos novos estão muito caro”.

Já Camila Nascimento Manoel, proprietária do Brechó da Camila, viu o movimento aumentar tanto depois da crise que teve de expandir seu negócio. “Meu movimento melhorou uns 805, tanto que tive que ampliar, coloquei mais roupas e sapatos e comecei a trabalhar com a linha infantil, que eu não trabalhava antes. As pessoas estão preferindo roupas usadas ou o conserto as novas porque o preço é mais acessível”, diz.

Ela conta que não conserta roupas, mas tem quem faça para seus clientes. “No meu negócio eu vendo, troco, consigno e compro de tudo, roupas, calçados e bijuterias”, encerra.

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