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Para enfermeira, população tem ideia “errada” sobre vacinas

  • Foto do escritor: A Voz Regional
    A Voz Regional
  • 10 de jul. de 2017
  • 3 min de leitura

A procura pelas vacinas contra a gripe e HPV tem sido baixa em todo o país, tanto que a campanha de vacinação contra a gripe já se estende por mais de dois meses e ainda não conseguiu atingir o índice de cobertura de 90% do público alvo. A enfermeira do posto de saúde de Monte Aprazível, Gláucia Zoccal Fernandes Laguna, responsável pela vacinação, atribui o pouco interesse na vacinação ao fato das pessoas não darem importância à vacina e terem medo de eventuais reações. A situação só muda em casos de surtos com mortes, o que não ocorreu neste ano.

“As pessoas tem uma ideia errada da vacina, acham que vai provocar gripe e reações adversas, mas elas estão erradas, a vacina previne e imuniza contra a gripe, o fato é que ela demora cerca de 15 dias para imunizar e nesse período a pessoa pode eventualmente ficar gripada ou resfriada, que comumente é confundido com gripe”, diz.

Indagada se os grupos de internet que fazem campanha contra a vacinação são capazes de influenciar a população, Gláucia diz que não sabe avaliar a extensão dessa influência, mas que acredita que “algum impacto sempre há, pois a propagação da internet é muito grande”.

Com pouco mais de dois meses de campanha, agora que o centro de saúde está prestes a cumprir sua meta de vacinação contra a gripe. Já a vacinação contra o HPV para meninas e meninos tem evoluído melhor, segundo a enfermeira. “A procura pela vacina do HPV para meninos está boa, principalmente pelo aumento na faixa etária de 12 e 13 anos para 11 a 14 anos. Para se ter uma ideia somente em maio vacinamos 81 meninos”, conta.

A vacinação contra o HPV não é mais campanha, passou a integrar o calendário de vacinação de rotina. “A medida que as mães levam seus filhos para tomar as vacinas, a vacina do HPV já é agendada para a idade em que ela é recomendada, que é meninos de 11 a 14 anos e meninas de 9 a 14 anos”.

Gláucia não sabe dizer se as escolas continuam divulgando a necessidade desses adolescentes serem vacinados contra o HPV, mas conta que inicialmente equipe do centro de saúde percorreu as escolas divulgando a vacinação, o que já não é mais feito em razão da vacina ter entrado na rotina. A publicidade agora, segundo Gláucia, é de responsabilidade do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde que fazem divulgação da vacina em rede nacional através da televisão e mídias impressas.

De janeiro de 2016 até maio de 2017 tomaram a segunda dose da vacina contra o HPV 256 meninas, segundo consta do relatório do centro de saúde de Monte Aprazível. A vacina previne contra o câncer de colo de útero.

O vírus

O papilomavirus humano (HPV) é um vírus que infecta a pele e mucosas e pode causar câncer de colo de útero e verrugas genitais. Os tipos 16 e 18 causam em torno de 70% dos casos de câncer de colo de útero e os tipos 6 e 11 são encontrados na maioria das verrugas genitais.

O vírus é altamente contagioso e a principal forma de transmissão é pelo contato sexual, mas também pode ser transmitido de mãe para filho durante o parto. Embora seja raro, o vírus pode propagar-se também por meio de contato com a mão. A vacina contra o HPV está disponível nos centros de saúde para meninas de 9 a 14 anos e para meninos de 11 a 14 anos. Deverão ser tomadas três doses da vacina.

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