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A viabilidade sem venda e com os Moreno, crê Claudio

  • Foto do escritor: A Voz Regional
    A Voz Regional
  • 14 de out. de 2020
  • 2 min de leitura

Fornecedor de cana, prestador de serviços especializados para o setor, estudioso do mercado sucroalcooleiro e credor do Grupo Moreno, o engenheiro mecânico Cláudio Pimenta, não vê chances de sucesso para a recuperação com a venda das unidades. Ele admite ser possível para os atuais gestores conseguir resultados positivos e pagar a dívida em prazo razoável, apesar da baixa produtividade e longevidade dos canaviais, segundo ele, consequência “do engodo chamado Protocolo Ambiental”, a antecipação do fim da queimada da palha de 2031 para 2011.

“A eventual venda das unidades não será suficiente para saldar a totalidade da dívida. O momento não é favorável para venda, pois temos casos em que grandes usinas controladas por capital externo também passam por sérias dificuldades financeiras, inclusive com paralisarão das atividades.

Para Cláudio, o ideal para o impasse é encontrar o entendimento entre credores e controladores atuais visando à continuidade da atividade na tentativa de gerar caixa suficiente para saldar o compromisso.

Mas ele faz a ressalva de que isto não depende da boa vontade dos controladores e administrador judicial. “Há um complicador de difícil solução que é a verdadeira causa da crise não só do grupo Moreno, mas de todo o setor sucroalcooleiro, em decorrência da antecipação da proibição da queimada da palha que obrigou a antecipação da mecanização.”

A antecipação da mecanização em vinte anos, segundo Cláudio, origem dos males do setor, foi iniciativa de representantes do próprio setor e não de órgãos oficiais de controle ambiental. Para Cláudio, esse fato foi desprezado pelos fornecedores que hoje estão sendo prejudicados “Na minha opinião, isso tem dispersado a atenção daqueles mais prejudicados. Uma vez identificados os maiores interessados nessa manobra, quem sabe o setor possa ser reparado por aqueles que provocaram essa situação toda.”

Para Cláudio, a remoção dos representantes da família é um detalhe a ser resolvido entre os controladores e a Justiça e ele não vê solução simples.

“Remover uma administração familiar e sabidamente competente pode não ser uma boa opção para o negócio do ponto de vista operacional. Isso porque nem sempre um administrador judicial nomeado pela Justiça para liderar a Recuperação Judicial tem conhecimento suficiente da atividade sucroalcooleira, desde a parte agrícola até a entrega da produção industrial.”(CC)


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