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Advogada de credor defende saída da família Moreno da recuperação judicial de usinas

  • Foto do escritor: A Voz Regional
    A Voz Regional
  • 14 de out. de 2020
  • 2 min de leitura

Retirada pode se concretizar com investigação de suspeita de patrimônio oculto fora da recuperação


Paralelamente ao processo inconcluso de homologação do processo de Recuperação Judicial do Grupo Moreno, caminha na Justiça investigação de suspeita de eventual ocultação patrimonial dos controladores, proposta pela advogada ÁudriaTrídico, representante de um grande fornecedor.

Áudria defende a retirada de todos os representantes da família Moreno e atuais diretores do grupo, que seriam substituídos por gestores nomeados pela Justiça. Legalmente, por ser o grupo fechado, o afastamento só se daria com a decretação da falência ou caso se confirme a ocultação patrimonial ( bens móveis e imóveis em nome de terceiros, cujas aquisições tenham origens nas atividades das empresas do grupo ou de recursos deste aplicados em negócios que não tenham relação com a atividade fim do grupo que são o cultivo, colheita e processamento de cana.

O pedido de Recuperação Judicial das unidades de Luiz Antônio, Monte Aprazível e Planalto foi aceito pela Justiça no início do ano, mas até agora a anuência dos credores não foi concretizada depois da apresentação de três planos de recuperação. Todas as assembleias para votá-los foram suspensas, sem o consenso das cinco categorias de credores

O grupo com garantias de recebimento, formado por bancos que detêm 80% dos créditos de R$ 2,95 bilhões, exigem incluir no plano a venda das três unidades. A proposta é rechaçada por fornecedores.

Segundo o advogado e vereador Donaldo Paiola, representante dos fornecedores associados à Aplacana, o temor é que a venda acabe por sacrificar a unidade de Monte Aprazível, provocando sério problema social com demissões de trabalhadores e dispensa de prestadores de serviços. Ainda segundo ele, o potencial comprador seria a chinesa Cofco, de Sebastianópolis do Sul, que manteria operando apenas Luiz Antônio e Planalto. A Aplacana é contrária a venda e defende a permanência dos atuais controladores, divergindo da posição da advogada Áudria que quer a família Moreno fora da gestão e admite a venda, desde que seja Luiz Antônio, na região de Ribeirão Preto, “pela necessidade de capital para manter a operação das duas outras.”

Tanto para ela, como para a Aplacana, a venda total não teria sentido, pois seria o fim da recuperação, uma vez que o valor apurado não quitaria sequer os créditos bancários.

Já a saída dos Moreno, segundo Áudria daria credibilidade e confiança ao conjunto dos credores para fazer a negociação avançar, na próxima assembleia, marcada para o dia 11 de novembro, quando será discutido o quarto plano a ser apresentado, no dia 28 deste mês.

A advogada teme que a opção de venda venha incluída nele. Antes, porém da apresentação, ela busca convencer os bancos credores com agência na cidade, Brasil, Bradesco, Santander e Itaú, de que a venda será prejudicial aos fornecedores e prestadores de serviços, centenas de correntistas de suas próprias agências.


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