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Cervejeiro defende incentivo à produção artesanal para criar polo turístico regional

  • Foto do escritor: A Voz Regional
    A Voz Regional
  • 30 de set. de 2020
  • 2 min de leitura

Município teria a tradição agrícola, culinária e habilidade manual como base do nicho econômico proposto


O cervejeiro artesanal Marcelo Ramos defende o incentivo à produção não industrial de bebidas, alimentos, doces e compotas e elementos decorativos como forma de desenvolver a economia local e incluir Monte Aprazível na rota do turismo nacional.

Ele conta que sendo Monte Aprazível um município com vocação agrícola, seus habitantes detêm habilidades manuais de culinária que são passadas de geração para geração. “Esse é um nicho que deve ser explorado e que se bem explorado e bem organizado tem grandes chances de fomentar produtos artesanais. Acredito que seja de responsabilidade da prefeitura ajudar nessa organização oferecendo cursos, realizando feiras, estudando qual o nicho para direcionar as pessoas”.

Marcelo afirma que o potencial da cidade “é altíssimo. A população tem um histórico familiar de produzir artesanalmente seus próprios alimentos e produtos de maneira em geral e os ganhos seriam a exploração do turismo. Seria um sonho se o município fosse rota turística de produtos artesanais”.

A atividade principal de Marcelo é móveis sob medida, uma produção quase que artesanal e como apreciador de cervejas, começou a fabricá-las também por hobby.

O interesse pela cerveja começou com a paixão que detém pela bebida. “Sou apaixonado por cerveja. Conheci pessoas que também apreciam a bebida e comecei a conhecer alguns estilos diferentes de cerveja. O resultado foi o convite para fazer cerveja artesanal. Juntei-me ao Igor Stafuzza e ao Caio Gadêlha e começamos a fabricar por hobby. Atualmente estamos apenas eu e o Igor fazendo cerveja, inclusive criando receitas próprias. Criamos até agora sete receitas novas, mas temos potencial de criar bem mais”, conta.

Ele diz que juntou o gosto e o prazer de fazer cerveja e que a ideia é chegar num ponto de comercializá-la. “Ainda estamos no início da produção, mas o foco é transformar numa marca e levar o nome de Monte Aprazível para o país inteiro comercialmente e usar como gancho para transformar nosso município numa rota turística”.

O mercado, segundo ele, é muito amplo. “O brasileiro aprendeu a tomar cervejas diferentes, melhores, saindo do trivial de estilo único de marcas conhecidas. Hoje se consegue tomar praticamente todo tipo de cerveja em todo lugar e o fator que impulsiona comercialmente é a curiosidade das pessoas pelo novo”.

A cerveja fabricada por Marcelo ainda tem produção modesta, cerca de 200 litros por mês, que é para consumo próprio e para degustação de amigos, “porque ainda não comercializamos”. As receitas podem levar de 4 a 12 semanas para ficarem prontas e a primeira ideia, segundo ele, é ampliar a produção para apresentá-la ao mercado. “Estamos estudando também a parte documental, para nos tornarmos uma empresa e então começar a apresentar nossa cerveja em feiras e encontros de cervejeiros, para depois sim torná-la um produto de comércio em geral, vendido em prateleiras”.

Marcelo conta que a ideia nunca foi ser uma super cervejaria e sim uma cervejaria artesanal “que valoriza o município e a região. Existe também a possibilidade de fabricarmos nossa cerveja com nosso próprio lúpulo. Estou fazendo um experimento com lúpulo em uma propriedade minha e acho que ele está se adaptando muito bem ao clima”, conta.


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