Devotos de Santos Reis se reúnem amanhã no maior evento popular e religioso de Monte
- A Voz Regional
- 7 de fev. de 2020
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Atualizado: 3 de set. de 2020
No 34ª Encontro de Bandeiras serão consumidas meia tonelada de carne, doze mil pães e 1,8 mil litros de refrigerante
Será realizado amanhã em Monte Aprazível o Encontro de Bandeiras de Folia de Santos Reis que há 34 anos reúne cultura e religiosidade. De acordo com a coordenadora da capela de Santos Reis de Monte Aprazível, Luiza Mara dos Santos Sanzogo, vinte companhias já confirmaram a participação no Encontro. São esperados mais de 600 foliões.
Havia confirmado presença até a última quarta-feira, dia da entrevista, as companhia de Reis de Sebastianópolis do Sul, Poloni, Tanabi, São José do Rio Preto, Cajobi, Parisi, Lavínia, Santa Albertina, Barretos, Ubarana, Nhandeara, Ida Iolanda, Cosmorama, Zacarias, Paulo de Faria, Potirendaba, Planalto, Sud Menuci e Auriflama, além da companhia de Monte Aprazível. Cada companhia possui em média 25 foliões.
Para receber os foliões e devotos dos Santos Reis, voluntários servirão almoço para os foliões, com distribuição de 1.700 litros de refrigerante, de doze mil pães, recheados com meia tonelada de carne.
Somente no dia do Encontro de Bandeiras cerca de cem pessoas trabalham para fazer a refeição dos foliões, encher os pães com carne, distribuir os refrigerantes, para receber as companhias, fazer a locução, realizar o som e dar andamento na quermesse que acontece paralelamente ao Encontro de Bandeiras durante todo o dia. “Envolve muita gente”, diz Luiza Mara. Para realizar as noitadas de quermesse que vem acontecendo desde o dia 6 de janeiro, Luiza Mara diz que conta com o apoio de mais cinquenta voluntários em média que ajudam durante o dia na confecção dos frangos, coxinhas, polentas e batas servidos e a noite na venda de bingos e servindo os presentes na quermesse.
A quermesse tem um custo total, segundo ela, de cerca de R$ 80 mil. As noitadas de quermesse e as doações recebidas de devotos cobrem o custo da festa e ainda sobra algum dinheiro para as obras da capela. “Nós ficamos muito feliz com a devoção das pessoas que trabalham como voluntárias e que prestigiam a quermesse dando sua contribuição para a comunidade dos Santos Reis”, diz. Início
A comunidade de Santos Reis teve início, segundo Odilio da Silva Lucindo, devoto e colaborador da quermesse, em 6 de janeiro de 1981 quando foi fincado um cruzeiro de madeira no meio de uma área de pasto, onde posteriormente foi erguida a Capela de Santos Reis. Na ocasião, Odilio lembra que devotos de Santos Reis se reuniam no cruzeiro para rezar o terço à luz de velas. Foi assim durante dois anos, período em que devotos como Sebastião Mineiro, que tinha uma companhia de Reis, João Monteiro, Dino Batata e Celestino Cicote saiam rezando terço e recolhendo doações para a construção de uma capela no local do cruzeiro. Há cerca de vinte anos a então capelinha deu lugar à atual capela, maior e bem estruturada que existe até hoje no local.
Odilio conta que o primeiro barracão da quermesse foi feito em 1983 com a doação de tubos para a construção dos pilares feita pela prefeitura e com madeiras e telhas doadas por um devoto. Também em 1983 foi realizada a primeira quermesse em louvor aos Santos Reis no pequeno barracão. “Como não cabia as pessoas dentro do barracão, fazíamos pequenas barracas cobertas de encerado para abrigar as pessoas”, lembra. A quermesse foi se solidificando, ganhando voluntários e adeptos, cresceu em tamanho e renda e o barracão foi sendo melhorado até chegar ao que se tornou hoje, amplo e bem estruturado.
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