Ensino humano marca uma década do Direito do Dom Bosco
- A Voz Regional
- 5 de dez. de 2016
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Um dos cursos mais tradicionais da faculdade se apoia em professores qualificados e experiências com a população
O curso de Direito da Faeca Dom Bosco completa em 2016 10 anos de atividades. Em uma década, 317 bacharéis se formaram e estabeleceram uma relação de proximidade com a população. Um dos setores de destaque do curso é o Núcleo de Práticas Jurídicas, que possibilita o acesso à Justiça a pessoas de baixa renda, que permite desafogar o setor jurídico, além de unir ensino, pesquisa e extensão.
Fazendo uma retrospectiva, Vanderlei Pereira, diretor da Faeca, e Fernando Vidotti Favaron, coordenador e professor do curso de Direito, avaliam como bastante satisfatória a primeira década do curso. “Uma cidade com cerca de 25 mil habitantes que mantém e amplia o número de vagas a cada ano é um sucesso – diz Fernando – enquanto outros cursos estão fechando vagas, o Direito da Dom Bosco tem aberto. O curso começou com uma turma e nos últimos 3 anos, temos mantido 2 turmas regulares. Isso é o resultado do trabalho realizado. O curso está sendo bem aceito na cidade e na região”.
Vanderlei credita o fato ao quadro de docentes bem capacitado perante do Ministério da Educação e Cultura (MEC), com mestrado e doutorado e grande experiência profissional. “Além de advogados, temos professores que são promotores, juízes federais, oficiais da Polícia Militar, tabeliães, sociólogos e antropólogos, um quadro bastante diversificado”.
Perguntados sobre as estratégias da faculdade para manter a excelência e ser competitiva em uma região onde há muitos cursos de Direito, eles citam alguns diferenciais como a causa, como os valorosos convênios para o desenvolvimento e prática profissional com a Defensoria Pública do Estado de São Paulo, com a Procuradoria Regional do Trabalho do TRT 15 e os convênios com o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
O coordenador do curso explica que pouquíssimas instituições de ensino mantém convênio com a Defensoria Pública e que a Faeca é a primeira que a Defensoria abriu para trabalhar com regularização fundiária. “Trata-se de um projeto inédito na Defensoria”, esclarece.
Além disso, o convênio com o Tribunal de Justiça de São Paulo possibilitou, através de parceria, a instalação do Centro Judiciário de Conciliação (Cejusc) na Comarca.
Núcleo de práticas jurídicas enriquece a formação
Fernando e Vanderlei mencionam ainda a existência do Núcleo de Práticas Jurídicas, pelo qual a população de baixa renda de Monte Aprazível e das cidades da Comarca tem acesso à Justiça gratuita e onde, além do atendimento a população, os alunos nos 2 últimos anos de Direito cumprem o estágio obrigatório.
Eles mencionam também como atrativos para o Direito da Faeca o bom índice de aprovação do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que está acima da média nacional, entre 25% a 30% na Faeca, contra 8% a 12% nos outros cursos de Direito. “Nossos alunos conseguem aprovação no exame da Ordem antes mesmo de concluírem o curso”, diz Vanderlei entusiasmado.
Fernando também celebra o bom andamento do curso, mas ressalta que a busca por melhorias e inovações é uma constante. “Estamos sempre em busca de melhorar a qualificação profissional dos docentes, contratando profissionais gabaritados e além das questões práticas e acadêmicas, a faculdade, que é bem avaliada pelo MEC, se preocupa com a questão pedagógica, mantendo atualizados os planos junto ao Ministério”.
Um desses exemplos, segundo Fernando, foi a atualização na grade curricular de Direito feita em 2015 para manter a expectativa dos alunos em relação a disciplinas do futuro, como Direito Eletrônico e da Informática e Bio Direito. “Além disso, são poucas as faculdades que mantém a Libra (Linguagem Brasileira de Sinais) em sua grade e no Direito da Dom Bosco ela é obrigatória”.
O curso de Direito mantém também 2 eventos anuais de suma importância: a Semana Jurídica, com o objetivo de dar oportunidade aos alunos de conviverem com professores de outras instituições, agregando novos conhecimentos e a edição da revista jurídica, e O Saber CompletaMente, que é uma compilação de artigos escritos por professores, alunos e profissionais convidados. A edição de 2016 será lançada no início de dezembro.
Ex-alunos elogiam estrutura e base sólida de ensino
Formados em Direito pela Faeca Dom Bosco João Carlos Peres Filho, da turma de 2015, e Mônica Santos da Silveira, da turma de 2014, são só elogios ao curso. Ambos afirmam que a faculdade lhes deu uma boa base e aconselham os estudantes que queiram cursar Direito a aproveitar o conteúdo desde o primeiro ano.
João Carlos Peres Filho, advogado formado pela Dom Bosco, e que atua na área Trabalhista e Previdenciária, se diz suspeito a falar da faculdade porque “obtive êxito nos meus propósitos e isso graças ao bom curso que frequentei”. Segundo ele, o curso propicia a formação integral do aluno. “Tanto que somente na minha turma 6 bacharéis foram aprovados na OAB antes mesmo do término do curso”, enfatiza.
O jovem advogado também cita como diferenciais a boa estrutura no Núcleo de Práticas Jurídicas, e professores com conhecimento jurídico elevado, como os professores João Santa Terra, Antônio Baldin e Fernando Vidotti.
Mônica Santos da Silveira, advogada formada em 2014, trabalha hoje na área Cível e de Direito de Família, que diz ser sua paixão. Ela conta que começou a faculdade bem nova, aos 19 anos, mas que durante o curso amadureceu, graças a “boa base que a faculdade dá”, mas adverte. “O aluno tem que aproveitar bem o conteúdo estudando desde o primeiro ano, porque o que parece meio sem sentido, mais na frente tem importante significado”.
O curso de Direito da Dom Bosco, segundo Mônica, vem melhorando seu conteúdo ano a ano. “Considero muito importante termos o curso de Direito numa cidade pequena como Monte, além disso, a grade curricular de 5 anos possibilita conteúdo suficiente para termos uma boa bagagem do Direito, porque bagagem completa o advogado nunca tem, é preciso estudar continuamente e por isso é importante aproveitar bem o curso, desde o início”.
João Carlos e Mônica aconselham aos estudantes que queiram cursar Direito a estudarem. “Eu oriento a se dedicarem ao curso, lerem tudo o que puderem e estudarem bastante, priorizando a ética e ao prestarem o exame da Ordem estarão preparados, basta terem calma e a certeza de que o conhecimento já foi adquirido durante o curso”, recomenda João.
Mônica também orienta os interessados em cursar Direito a estudarem. “Não só advogado, como qualquer profissional do meio jurídico, tem que estudar desde o primeiro ano, para absorver todo o conhecimento. A gente costuma achar que a matéria do primeiro ano é menos importante, mas é fundamental para as próximas fases”.
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