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Gilberto denuncia Maurinho por compra supeita de madeira

  • Foto do escritor: A Voz Regional
    A Voz Regional
  • 29 de mai. de 2017
  • 2 min de leitura

Vereador apresentou ao Ministério Público uma série de indício para que se investigue conduta do ex-prefeito em licitações no valor de R$ 613 mil e pede perícia nas pontes e mataburrros


O vereador Gilberto dos Santos (PDT) representou no Ministério Público contra o ex-prefeito de Monte Aprazível, Mauro Pascoalão (PSB), Hélio Polotto ME, o então pregoeiro municipal e a comissão municipal de lictiação anterior. O vereador solicita do MP investigação em processos de licitação 2013, 2014 e 2015, e 2016, aquisição com dispensa de licitação, totalizando R$ 613 mil. Para o vereador, conforme explicita na representação ao Ministério Público, há vários indícios de irregularidades nos processos.

Segundo Gilberto, a prefeitura solicitiou orçamento de empresas localizadas no município e cidades próximas, como Mirassol e José Bonifácios, mas do certame propriamente dito só comparecem a Hélio Poloto ME e a J.C. Correa Alves e Cia, da cidade de Santa Cruz do Rio Pardo que, ao primeiro lance, desiste de participar. “Há um claro indício de acerto financeiro no fato de uma uma empresa de cidade distante participar de uma concorrência que, em função da distância, certamente, terá um preço maior, e sequer apresentar lance. A suspeição aumenta, quando empresas próximas, em condições de oferecer preços melhores, sequer participam, embora tenham apresentado orçamento”, estranhha o vereador.

Gilberto questiona ainda a quantidade da madeira comprada da emnpresa, vencedora do pregão e cujo sócio acabou por ser candidato a vice-prefeito na chapa de Mauro na disputa pela reeleição. O vereador aponta ainda como outra “estranheza” a quantidade de madeira adquirida. Em 2014 foram 1.200 terças de 3.5 m x 14cm x 4,5cm; 640 pranchas de 4 m x 30 cm x 6 cm, em 2015, em um pregão foram adquiridas 1.500 terças de 3,5 m x 14 cm x 8 cm e 700 pranchas de 4 m x 30cm x 6 cm, no mesmo ano, em segundo pregão. “É uma quantidade absurda de madeira, não tenho ideia onde se poderia colocar tanta madeira assim. A madeira adquirida em 2014 e 2015 representa um aumento de 900% em relação a comprada em 2013.”

Atendendo requerimento, do vereador, em 2016, o então prefeito respondeu que a madeira foi destinada a construção de pontes e mataburros. “Eu calculo que a quantidade de madeira comprada deve ser maior do que a existente em todas as pontes e mataburros no município.”

Gilberto diz ainda que pode ser colocado outros argumentos como indício de superfaturamento e irregularidade. “Não existe nada que comprove a entrega da madeira. Apenas uma nota fiscal diz muito pouco, não há como garantir que a quantidade que consta dela foi entregue e utilizada. Isso só poderá ser comprovado com perícia nos locais de pontes e mataburros indicados pelo ex-prefeito em resposta ao meu requerimento”, conclui Gilberto.

Segundo Hélio Polotto, toda a madeira adquirida pela prefeitura foi entregue e o fato de ter sido candidato a vice de Mauro foi um entendimento político entre seu partido, o DEM, com os demais partidos da coligação e que foi concretizada dias antes das convenções para escolha de candidatos e que havia vários nomes sendo discutidos como possíveis vice de Mauro.

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