João Célio inicia campanha para conclusão da Casa de Apoio ao paciente com Câncer de Barretos
- A Voz Regional
- 22 de jun. de 2017
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Casa de Apoio ao familiar e paciente com câncer, de Monte Aprazível e outros onze municípios, chega à fase de acabamento e precisa de R$ 150 mil
Apesar dos avanços em diagnósticos precisos diante das dezenas de tipos de cânceres e dos sucessos terapêuticos alcançados pela medicina, a doença continua avassaladora. Paradoxalmente, à medida que crescem as possibilidades clínicas, permanecem estacionários os efeitos psicológicos, físicos e matriais que se abatem sobre o portador da moléstia, seus familiares e amigos próximos. É um terremoto que escangalha a estrutura familiar mais sólida, mais coesa, diante da fatalidade hipotética, dos deslocamento para terapias, do tratamento longo, cruel, do afastamento do trabalho, da perda de renda, da desestruturação emocional.
É um terremoto! E, em situações de abalo tão monumental, só a solidariedade e o apoio conforta. É apoio que buscam oferecer um grupo de pessoas de doze municípios da região do Baixo Tietê, em que se inclui o vereador João Célio Ferreira (PSDB), de Monte Aprazível, criadores da Casa de Apoio ao paciente com câncer, de Barretos.
A Casa de Apoio, iniciada há cerca de dez anos, com pequenas doações das populações dos doze municípios, está em fase de conclusão. Para alavancar a reta final, João Célio acompanhou a primeira dama de Monte Aprazível, Rita Montoro, os vereadores Donaldo Paiola (PSDB), Jacó Braite (PSD) e o assessor parlamentar da Câmara, o advogado André Faria, para conhecerem a obra.
Rita Montoro ficou impressionada com a estrutura. São 18 apartamentos, cozinha, copa, refeitório, lavanderia, sala de recreação, num total de 660 metros quadrados de construção, em dois pavimentos, que ocupam a totalidade do terreno, localizado a 30 metros da nova ala pediátrica e a trezentos metros da mais distante das alas do complexo do Hospital do Câncer de Barretos.
“Não imaginava que fosse tão grande, fiquei impressionada. O João Célio batalhou muito por essa área, nós todos devemos ajudar, agora nessa fase do acabamento, porque todo mundo pode precisar e só quem passa por uma doença como o câncer sabe como é difícil”, avalia Rita Montoro
Para o vereador Donaldo Paiola, a importância e necessidade da Casa de Apoio são indiscutíveis por se tratar de doença que atinge grande parcela da população e demanda tratamento prolongado. “A Casa está em Barretos, um centro mundial de referência da doença, vamos abraçar essa causa, não se trata de política que deve ser deixada de lado, quando se trata de uma doença a que ninguém está imune”, conclamou Paiola.
O vereador Jacó Braite, profissional da área de saúde habituado à sofrida rotina de pacientes e familiares em hospitais, se mostrou bastante sensibilizado. “Em se tratando de doença, o sofrimento atinge não só o paciente, mas toda a família sofre com ele, vive no desconforto de viagens, sem lugar certo para uma refeição, para um descanso. A Casa de Apoio reúne os familiares em um lugar em que eles trocam experiências, aprendem a lidar com a doença, se confortam e se fortalecem. Isso ajuda muito no tratamento do paciente, sabendo que os parentes estão bem acomodados, ele não tem motivo para assumir um sentimento de culpa, de se sentir um peso para os familiares. A Casa de Apoio é uma bênção e é por isso que elas são tantas por aqui”, resumiu Jacó.

É nesse ponto que João Célio, coordenador da Casa de Apoio em Monte Aprazível, vê a importância da Casa. “Sabemos que o paciente está sendo muito bem tratado no hospital, mas seus familiares acompanhantes estão vivendo uma situação de grande desconforto. A doença abala a estrutura da família, há mudança total na rotina, queda no rendimento da família porque alguém vai deixar o emprego para cuidar do paciente e muitas vezes o paciente não tem benefício da Previdência, há um quadro de queda da renda e aumento nas despesas e o psicológico fica comprometido e se perde o controle. A Casa de Apoio faz a diferença nessa hora”, diz João Célio.

Os donos da Casa
João Célio explica que a Casa de Apoio foi pensada para a população de doze municípios da região do Baixo Tietê: Monte Aprazível, Nhandeara, Macaubal, Sebastianópolis do Sul, Monções, Floreal, Auriflama, Guzolândia, Nova Luzitânia, Lourdes, Magda e Aracanguá. Cada município assumiu o compromisso de contribuir com uma cota proporcional ao número de seus habitantes.
Sem incluir a compra do terreno, já foram gastos cerca de R$ 500 mil em fundações, levantamento das paredes dos dois pavimentos, cobertura, redes elétrica e hidráulica e fachada. A maior cota coube a Monte Aprazível, num total de R$ 107 mil, tendo integralizados R$ 101 mil, restando R$ 6 mil, dos quais R$ 2,3 mil foram conseguidos na semana passada com um bazar beneficente.
Para o acabamento, a estimativa é de R$ 150 mil. Estará pronta a edificação. Mas, para o acolhimento das famílias faltarão ainda o mobiliários, louças, talheres, panelas, equipamentos de cozinha, fogão, geladeira, máquina de lavar, ventiladores e TV que serão alvos de uma nova campanha. “A população precisa acabar a obra o mais rápido possível para se beneficiar dela. Afinal, ninguém sabe quem e quando vai precisar”, apela João Célio.
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