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Montoro terá conselho de notáveis e vai governar Monte com firmeza

  • Foto do escritor: A Voz Regional
    A Voz Regional
  • 10 de out. de 2016
  • 4 min de leitura

Em entrevista exclusiva  a A Voz Regional, o médico Nelson Montoro (PSD), o prefeito eleito de Monte Aprazível, afirmou ter construído sua personalidade de homem tímido, comedido e pacato em 35 anos dedicados ao trabalho  e à família , o que não deve ser confundido com insegurança e falta de firmeza. Nelson já pensa na composição de seu governo e os primeiros nomes sondados serão do professor Pedro Polotto para a educação e do farmacêutico Nereu Paschoalli para a saúde.


A Voz Regional: Como o senhor avalia a sua campanha vitoriosa? Montoro: Foi uma campanha sem ataques pessoais, propositiva, com proposta avançadas do ponto de vista democrático, com participação popular, e inovadoras e originais. Do ponto de vista da comunicação foi uma campanha moderna e criativa, antecipando como será a administração com muita informação, transparência e receptividade. Fizemos um ato público, o Livro das Ideias de Ouro, em que a população apresentou propostas para a elaboração do Plano de Governo e nele foram registradas as sugestões de representantes da agricultura, do comércio, profissionais liberais, de professores, de juristas como o professor Antonio Baldin. E não desprezamos o tradicional corpo a corpo na casa do eleitor. Isso tudo fez a diferença, consolidamos a vantagem no início de forma que as insinuações levantadas não colaram.

Quais insinuações? Foram os ataques que eu mais senti, que colocaram em dúvida a minha personalidade. Eu construí minha imagem com 35 anos de trabalho como médico, atendendo em posto de saúde, consultório particular e plantões na Santa Casa quase todos os dias, foram 12, 15, 18 horas de trabalho diário. Ao longo de minha vida tive apenas como ambientes as salas de aulas, o meu lar e os meus locais de trabalho e assim moldei minha personalidade de homem comedido, pacato e, sim, bastante tímido. Não esperem de mim gestos bruscos, discurso eloqüente, mas isso não pode ser confundido com falta de personalidade e firmeza e muito menos falta de caráter.

O senhor se refere às insinuações de que quem governaria de fato seriam os partidos, os coordenadores de sua campanha? Foi recorrente isso, nas redes sociais, em comentários. Como disse, pretendo fazer uma administração com participação popular e vou ouvir os partidos, as lideranças partidárias e quem estiveram na coordenação da minha campanha representam esses partidos, vou ouvir sindicatos, associações, mas a palavra final será minha. O vice, o Marcio Miguel, como vou impedir que ele não tenha participação no governo? Ele é vereador, é advogado, é agricultor, presidente da maior associação de agricultores da região, tem muito a contribuir.

Na campanha, o senhor falou também em criar conselhos nos distritos. Como será isso? Os distritos são bairros muito pequenos e ninguém melhor do que os moradores, através de um conselho, para decidir o que precisam. Esse conselho vai nomear o administrador do distrito, o que é justo, porque os moradores vão conviver com ele durante todo o mandato. Eu decidi criar também um conselho consultivo, formado por cidadãos notáveis da cidade, voluntários, sem ganhar nada, que irão me orientar na tomadas de decisões em situações mais complicadas, situações pouco comuns.

O senhor já tem prontas as primeiras medidas, quando assumi? Tenho ideias, mas não sou homem de colocar o carro adiante dos bois. Primeiro vou analisar a situação financeira da prefeitura. Vamos fazer tudo com muita cautela.

E a escolha de assessores, já pensou em algum nome? Pensei. Eu não falei ainda com ele. Eu penso no Nereu (Paschoalli, farmacêutico) para a saúde, várias pessoas da área me sugeriram o nome dele e, pessoalmente, considero um excelente nome, muito capaz. Para a educação, eu penso no professor Pedro Polotto, que foi diretor do Feliciano (Sales Cunha) e é diretor em Tanabi. Já conversei sobre isso com ele e tem a possibilidade dele tirar licença de lá (Tanabi).

Os salários dos assessores vão ficar como está, em torno de R$ 2 mil? É um absurdo! Fica difícil com um salário tão defasado e é um assunto complicado porque precisa de autorização da Câmara para aumentar. Vamos discutir isso com os vereadores ainda antes da posse.

A sua coligação elegeu quatro vereadores e a oposição cinco. Como vai ser a relação com os vereadores? Meu relacionamento pessoal com todos eles é muito cordial e políticamente também. De minha parte essa cordialidade será mantida. Se estou disposto a dialogar com toda a sociedade, com a Câmara estou ainda muito mais. A Câmara é independente. Os vereadores vão discutir para eleger o presidente e eu não terei nenhum envolvimento.

Quase todas as lideranças significativas da cidade estavam contra o senhor. O senhor é hoje a principal liderança de Monte Aprazível? Não me considero assim e os números da eleição não confirmam isso. Se considerarmos todos os eleitores, a minha proposta foi apoiado por 1/3 deles, se considerarmos só os votos válidos é um pouco mais. Por questões políticas, partidárias, tive como adversário o atual prefeito Maurinho, apoiado pelo vice Toninho, pelo ex-prefeito Padre Viana, do outro lado teve ainda a Renata, que é filha do ex-prefeito Wanderley Sant’Anna. São todos políticos que eu respeito, o que acho que aconteceu foi que o eleitor optou por um nome novo. Eu deixo a prefeitura daqui quatro anos e é a oportunidade para o surgimento de uma nova liderança e tem aí o Marcio Miguel, os vereadores que podem despontar. Nas eleições de 2020, espero que tenha nomes novos.

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