Márcio está disparado com 54.4% dos votos válidos; 24% não escolheram candidatos

Camargo está no calcanhar de Mauro, tecnicamente, empatado nos limites da margem de erro pela segunda posição

Segundo pesquisa do instituto Colectta Consultoria em Estatística e Dados, a que o jornal A Voz Regional teve acesso, o candidato à reeleição em Monte Aprazível, Márcio Miguel (PP), abre uma vantagem de 32% sobre o segundo colocado, considerando-se apenas os votos válidos, desprezando-se as intenções de voto declarados em branco e nulo e as manifestações dos eleitores que ainda não decidiram em quem votar.

Na disputa pelo segundo lugar, o ex-prefeito Mauro Pascoalão (PSB) tem uma pequena margem na frente do empresário João Roberto Camargo (Cidadania), mas dentro dos limites da margem de erro, que é de 5% para mais ou para menos. Mauro tem 22.1% das intenções de votos e Camargo 16.2

Considerando a margem de erro, Marcio tem de 49.4% a 59,4%, Mauro, de 17,1% a 27,1%, Camargo entre 11,2 a 21,2%.

O candidato Irmão Marcos do Tuk Tuk (Avante), com 1.5%, tecnicamente, disputa o quarto lugar com o candidato bolsonarista, Marcio Enfermeiro (PSL), que pontuou com 5.9%.

Mauro e Enfermeiro são os candidatos mais rejeitados pelos eleitores na mesma intensidade, 14.38%. Também empatam no quesito rejeição Marcio Miguel e Camargo, com 11.4%

Na eleição deste ano, o número de candidatos foi atípico, cinco, para um município que, historicamente, tem na disputa dois candidatos. Isto pode explicar a alta taxa de indecisos, também atípica, de 23.9%. É uma taxa alta, mas mesmo assim, confortável para Marcio Miguel. Descontado dela os índices brancos e nulos e de rejeição de Mauro e Camargo, os dois concorrentes dividissem proporcionalmente os votos sem que Marcio Miguel tivesse um único voto desses indecisos (hipótese totalmente descabida para quem tem a preferência de 54% dos demais eleitores), o atual prefeito não seria alcançado pelos concorrentes.

Há de se ressaltar ainda que a candidatura de Mauro está sub judice, é uma candidatura incerta que pode ser impugnada e anulados todos os votos dados a ela, apesar de constar da urna. Mauro, segundo a legislação vigente, está com o título eleitoral suspenso, não podendo ser votado e sequer de votar nele mesmo, a sua chapa foi indeferida pela Justiça e pesa ainda contra ele a inscrição de seu nome no cadastro dos candidatos “Ficha Suja” devido a condenação por dois crimes de improbidade, cometidos no exercício do mandato de prefeito.

A candidatura de Camargo, também está sub judice, embora não tenha cometido crime algum e estar sob gozo de seus direitos políticos, podendo votar e ser votado.

As candidaturas de Marcio Miguel, Enfermeiro e Irmão Marcos são as únicas que estão regulares perante a Justiça Eleitoral.

A pesquisa

A pesquisa feita pelo Instituto Colectta, contratada por ele próprio foi registrada no TSE sob o número SP04964/2020 e é assinada pelo estatístico Diego Camacho, com registro no Conselho Regional de Estatística 3. O Instituto Colectta autorizou o jornal A Voz Regional a divulgar a pesquisa.

Para realizar a pesquisa, o Instituto ouviu 306 entrevistados. em seis regiões da cidade, zona rural e distrito de Balduíno, de acordo com idade, sexo, renda familiar, escolaridade e atividade profissional, conforme a composição da população estabelecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE -, no último censo demográfico. O trabalho de campo foi realizado no dia 3 de novembro

Seguindo os parâmetros populacionais do IBGE foram ouvidas 56% de mulheres, 54% de homens. Dos entrevistados, 36% têm renda familiar de 2 a 5 salários mínimos, 31% ,de 2 a 3, 20.9% de 1, 2.9% de 5 a 10, 0,7% de mais de 10 salários e 6.9% omitiram a renda.

São assalariados formais 19%, informais 4.2%, funcionários públicos 2.6%, autônomos 20.6%, profissional liberal 3.9%, empresários 4.9%, economicamente não ativos (donas de casas e aposentados) 31.1%, desempregados 4% e 9% outras categorias.

Quanto ao nível educacional foram ouvidos 24.2% com fundamental incompleto, 18.6% com fundamental completo, ensino médio completo 28.8%, incompleto 6.9%, superior completo 12.7%, incompleto 3.5%, analfabeto2.3%, lê e escreve 2.3%.

Em relação à idade, 25.2 tem mais de sessenta anos, 29.9% tem entre 45 e 59, 18% entre 35 e 44, 14,7% entre 25 e 34 e 12.4% entre 16 e 24.