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Norair se prepara para assumir pronto socorro caso não houver acordo com Santa Casa

  • Foto do escritor: A Voz Regional
    A Voz Regional
  • 18 de jan. de 2021
  • 3 min de leitura

Prefeito de Tanabi diz já ter contatado dono de prédio e até comprado cama hospitalar para instalar serviço


Estão emperradas as negociações entre a diretoria da Santa Casa e a prefeitura de Tanabi acerca do valor da prestação do serviço de atendimento de urgência e emergência e se o nó não desatar em noventa dias, o município vai assumir o pronto socorro. O prefeito Norair da Silveira (PSB) garante que não irá ceder e se diz preparado para assumir o serviço, inclusive já tendo iniciado negociações para alugar um prédio e adquirido dez camas hospitalares.

Pelo contrato entre as partes, expirado no dia 20 de dezembro, a Santa Casa recebeu R$ 227 mil ao mês e pleiteia um aumento de 36%, elevando valor para R$ 308 mil, baseada em uma planilha de custos apresentada.

A prefeitura estabeleceu como reajuste o mesmo percentual aplicado para os repasses a outras entidades de 4.27%, que eleva o valor para R$ 236 mil. O prefeito Norair não foi convencido dos custos contidos na planilha, especialmente, segundo ele, pelo fato de queda pela metade nos atendimentos em virtude da pandemia.

Diante do impasse, ficou acertado que a Santa Casa iria preparar uma nova planilha de custo em três meses. “Vamos discutir uma nova proposta da Santa Casa mais realista. Não tem sentido a Santa Casa apresentar uma proposta de mais de R$ 300 mil em janeiro por um serviço que cobrou R$ 227 mil em dezembro”, argumenta o prefeito.

Porém, Norair não acredita que a segunda proposta seja realista a ponto de aceitá-la. “Dificilmente, a prefeitura vai mudar sua proposta. Na minha gestão, a Santa Casa passou a receber o repasse religiosamente todo dia 20 de cada mês, coisa que não acontecia anteriormente.”

O prefeito entende que o repasse atual da prefeitura é suficiente para cobrir os custos dos serviços e lembra que em 2020, a prefeitura contratou dois quartos com oito leitos a um custo mensal de R$ 2,5 mil e diária de R$ 120 por morador do asilo internado por Covid 19.


Pronto Socorro

Como precaução, na impossibilidade de um acerto com a Santa Casa, Norair se movimenta no sentido de assumir o serviço de pronto socorro.

Ele adiantou estar em contato com uma escola particular da cidade, sem revelar qual, para instalar o serviço e já abriu licitação para adquirir dez camas hospitalares.

Norair acredita que o município tem condições de prestar os mesmos serviços prestados pela Santa Casa sem aumentar os custos. “A Santa Casa faz apenas encaminhamento de pacientes para Rio Preto, com o transporte feito pela prefeitura e isso o município tem condições de fazer.”

Para ele, a contratação de plantonistas e enfermeiros seria contornada por contrato emergencial em um primeiro momento e posterior licitação de serviços de entidade médica, custos que ele estima serem cobertos pelos R$ 227 mil pagos atualmente a Santa Casa e pelo pagamento SUS de R$ 150 mil que seriam destinados ao município e não mais pela Santa Casa. Ele diz ainda ser possível pleitear convênio para implantação de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) que garantiria recursos da ordem de R$ 324 mil. Segundo ele, a proposta de implantação da UPA foi levada à diretoria da Santa Casa que não se interessou.

O prefeito reafirma que o município, com os recursos que repassa para a Santa Casa, consegue prestar os mesmos serviços.

A reportagem não conseguiu contato com o provedor da entidade, Edmilson Costa.


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