Prejuízo de Tanabi com serviço de água é de R$ 1,4 milhão
- A Voz Regional
- 20 de nov. de 2017
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Informação de servidores da prefeitura à CEI confirma declaração de prefeito de que sistema é deficitário
A Comissão Especial de Investigação da Câmara de Tanabi foi criada para investigar suspeitas de vereadores de que a arrecadação do sistema de abastecimento de água e tratamento de esgoto estaria custeando outros serviços em detrimento de investimentos no setor. Na segunda-feira, em depoimento oficial à CEI, o diretor municipal de finanças, José Eugênio Krigor, e o diretor contábil, Benedito de Souza, afirmaram que o sistema tem um déficit mensal de cerca de R$ 120 mil, o que representa um prejuízo anual para a prefeitura de cerca R$ 1,4 milhão.
Receita e despesa
Antes mesmo da formalização da CEI, que tem Fabrício Missena (PP) como presidente, Rodrigo Bechara (PODEMOS) , como relator, e Gilbertinho Ruiz (PSD), como membro, o prefeito Norair da Silveira (PSB) antecipou para A Voz Regional que o sistema era deficitário e que o déficit era crescente em virtude do aumento da inadimplência durante a crise econômica atual.
Benedito de Souza negou as suspeitas dos vereadores de que dinheiro arrecadado com o serviço de água e esgoto fosse desviado para outros setores da prefeitura. O servidor explicou que ocorre o contrário, é o caixa da prefeitura que socorre o departamento.
José Eugênio explicou que a arrecadação de setembro que, segundo ele, pode ser tomado como parâmetro médio, foi de R$ 321 mil e a despesa R$ 441,5 mil. Ele detalhou que a maior despesa fica por conta do pagamento de salários, que são servidores municipais. A folha consome R$ 210 mil, sendo R$ 162,6 mil em salários e R$ 38 mil em encargos sociais. Os demais gastos são com contrato da firma que presta manutenção, com material de reposição, energia elétrica, combustível e outros gastos.
O relator da CEI, Rodrigo Bechara, não questionou as explicações contábeis e financeiras, mas vai solicitar os documentos fiscais que as comprovem.
Falta d’água
Benedito Ferreira, técnico do sistema, explicou, a pedido dos vereadores, as questões da falta de água, principalmente, nos bairros mais altos e populosos da cidade. Segundo ele, o problema é pontual, no período estiagem prolongada, mas não soube dizer se haveria soluções técnicas para a situação.
Durante os depoimentos, ficou evidente que o sistema é uma autarquia, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Tanabi – SAAET -, criada em 2006, por lei, mas não regulamentada. Assim, ela não existe legalmente, não possui CNPJ, nem conta em banco, daí ser suas receitas e despesas administradas pela prefeitura.
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