top of page

Promotoria investiga Valdir Uchoa, segundo colocado em Tanabi, por compra de votos

  • Foto do escritor: A Voz Regional
    A Voz Regional
  • 23 de dez. de 2020
  • 3 min de leitura

Também investigado, o vereador eleito Cocó Magri contratou cabo eleitoral para aliciar eleitores de Ecatu


Como Norair da Silveira (PSB), prefeito reeleito em Tanabi, (ler à página 3), Valdir Uchoa (PL), o segundo na disputa, também, foi denunciado por atos ilícitos de campanha eleitoral. O Ministério Pública investiga, também, o vereador eleito Cocó Magri (PL) por aliciamento de eleitores em Ecatu oferecendo R$ 100,00 por promessa de voto, através de cabo eleitoral. Além de Cocó, Valdir Uchoa seria o beneficiário da compra de votos. A pena prevista pela Lei Eleitoral é o pagamento de multa de R$ 35 mil até R$ 175 mil para Valdir, os mesmos valores para Cocó e mais a perda do mandato decorrente de eventual condenação.

Segundo denúncia do Ministério Público, o candidato Cocó Magri teria contratado o cabo eleitoral Salustiano Pereira da Rocha para aliciar eleitores de Ecatu, com a promessa de pagamento de R$ 100 por voto no candidato a vereador e na chapa de prefeito que teve Valdir Uchoa como prefeito e Rodrigo Bechara como vice.

Pelo esquema, Salustiano mantinha contatos com eleitores dispostos a receber o dinheiro. Estes fotografavam seus títulos e enviavam a imagem via Watts App para o celular de Salustiano, como prova de serem inscritos no colégio eleitoral e como promessa de votarem nos candidatos indicados por Salustiano. Este se encarregava de fazer o pagamento.

Esse esquema de compra direta de voto é muito simples, usual, secular e seguro, desde que não se cometa a idiotice de aplicar nele roupagem moderna e tecnológica como, aparentemente, se tentou no caso Cocó/Valdir.

Convocado a prestar depoimento, Salustiano compareceu à delegacia com todas as provas no bolso: o celular.

Periciado, o aparelho revelou diálogos, nomes, títulos de eleitores, formas de pagamento dos R$ 100,00, orientação em quem votar e outros elementos que servem de prova para o processo.

Ao todo, foram 47 eleitores catalogados no celular pelo Ministério Público, incluindo títulos de famílias inteiras e eleitores avulsos.

No esquema estava envolvido, também, o comerciante Pedro Costa, aparentemente, o responsável pelo repasse do dinheiro a Salustiano. “ (Salustiano) acertou com Pedro que tiraria fotografia dos títulos dos eleitores que se comprometessem a votar nesses dois candidatos como forma de comprovar a assunção do compromisso, isto é, que eles realmente votariam em Valdir e Cocó, sendo que só depois dessa comprovação receberia de Pedro o dinheiro para pagar os R$ 100,00 prometidos”, escreveu o promotor.

Para o Ministério Público, as provas obtidas das mensagens trocadas entre Salustiano e os eleitores são muito robustas e confirmam o crime eleitoral. “Confirmando o que Salustiano já tinha dito na delegacia, porém de forma muito mais robusta e detalhada, a perícia constatou no telefone dele a fotografia dos títulos de Letícia Roberta Belem, de seus familiares e das famílias Fernandes, Teixeira, Francisco, Morato, Lauer, Costa, Gonçalves, além de (outros) eleitores”.

No entendimento da promotoria, a perícia comprovou à exaustão que Valdir e seu vice Rodrigo e o vereador Cocó, ofereceram e prometeram, por meio de Salustiano, pagar pelo voto dos moradores do distrito. “Salustiano diz com todas as letras que faria o pagamento de todos eles na sexta-feira (13/11) que antecedeu o pleito. Ele ainda esclarece no mesmo áudio que faria o pagamento na sexta e não no domingo para não levantar suspeita e que depois do pagamento apagaria todo o conteúdo do celular.” Não deu tempo. A polícia chegou antes ao aparelho.


Comments


A Voz Regional © 2020

bottom of page