Rossi será candidato à presidência da Câmara em Tanabi
- A Voz Regional
- 5 de dez. de 2016
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Vereador reeleito pela oposição, atual presidente da Câmara, enxerga brecha para permanecer no cargo
O vereador Dorival Rossi (PSD), reeleito para o terceiro mandato, viu na divisão do grupo majoritário da base aliada do prefeito eleito Norair da Silveira (PSC) uma oportunidade para continuar no cargo de presidente da Câmara na próxima legislatura. Rossi aposta em seu perfil conciliador e avesso a pendengas políticas para conseguir ao menos mais um voto para se eleger. A maioria da base de sustentação do prefeito eleito, com seis votos, está dividida entre as candidaturas de Rodrigo Bechara (PEN) e Marcos Paulo Mazza (DEM), dispostos a não ceder.
A oposição elegeu cinco candidatos, os reeleitos Fabrício Missena (PP) e Tenente Canela (PP) e o novato Gilbertinho (PSD), da coligação de José Francisco de Mattos Neto (PC do B), e Rose de Paula, pelo PSOL, que exerceu parte do último mandato como suplente. Rose já se declarou candidata, mas nem ela e nem o seu partido tem base política para somar outros votos.
Rossi se considera, na base oposicionista, o único capaz de conseguir o apoio de Rose, que nutre profundas divergências políticas com Missena, da época em que os dois militavam no PT. O acordo costurado no grupo dos eleitos da coligação derrotada de José Francisco é de que entre Rossi e Missena, quem tiver apoio de um outro vereador fica com os votos de todos.
“O apoio da Rose é muito importante, eu vou conversar para convencê-la a me apoiar, mas se ela mantiver a sua candidatura, eu respeito, é um direito dela, mas eu tenho condições de conseguir apoio do outro lado. Eu construí a minha carreira política respeitando adversários, não sou de criar atritos, e posso conseguir apoios na base aliada do prefeito”, sustenta ele.
Rossi frisa que a sua candidatura é muito difícil de ser concretizada por acreditar que os vereadores da situação, no momento final, vão fazer uma composição e lançar uma candidatura única. “É o mais sensato a ser feito em um momento em que o prefeito vai precisar de uma sintonia muito fina com a Câmara, ele vai precisar de muita colaboração e união diante das dificuldades de orçamento, da crise econômica. A minha candidatura se coloca como alternativa, na eventualidade de não haver esse sentimento. Eu saberei conduzir esse entendimento entre Legislativo e Executivo, entre poderes, sem radicalizar de um lado e nem aceitar imposições de outro”.
O atual presidente da casa não vê nenhum problema de relação com o futuro prefeito por conta de divergências políticas. “Nós já conversamos depois das eleições. Ele me procurou para ter informações sobre o abastecimento de água (Rossi tem empresa de perfuração de poços e assistência em abastecimento), prestei todos os esclarecimentos e me coloquei à disposição para ajudar, sendo necessário. O meu objetivo como vereador é de compromisso com a cidade, com a sua população, e tenho certeza de que o dele também é e assim, podemos estabelecer um clima de confiança.”
Ele diz que essa mesma garantia de confiança será mantida com os vereadores em uma eventual recondução à presidência. “Estou terminando o mandato e tivemos momentos de muita tensão entre o Legislativo e o Executivo, tanto como vereador e como presidente, a minha relação foi de confiança e muito respeito para com a prefeita Bel e com os colegas vereadores. O mesmo tratamento que foi dispensado aos colegas da minha bancada tiveram os vereadores da oposição e isso não muda. Como sempre fiz, vou buscar sempre aparar divergência para conseguir a unidade dos vereadores em nome dos interesses de Tanabi. É ter esse compromisso como princípio, seguir o Regimento Interno da Casa e manter o espírito de democracia, fazendo isso, não tem como errar”.
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