Santa Casa de Monte Aprazível inicia campanha para pagar décimo terceiro
- A Voz Regional
- 24 de jul. de 2017
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Com dívida herdada de cerca de R$ 3 milhões, férias de funcionários atrasada em anos, diretoria tenta equilibrar contas
A Santa Casa de Misericórdia de Monte Aprazível realizará em setembro um leilão de gado para ajudar a pagar o décimo terceiro salário dos funcionários. Com uma dívida de três milhões e setenta mil reais deixadas pela administração anterior, a diretoria do hospital busca saídas para quitar os débitos e continuar prestando atendimento à população de Monte Aprazível e cidades vizinhas, que tem na Santa Casa o hospital de referência.
O leilão de gado da Santa Casa, segundo o provedor João Roberto Camargo, será realizado no dia 10 de setembro, a partir das 10 horas da manhã no Lar Vicentino de Monte Aprazível. A diretoria está toda envolvida com a realização do leilão e espera conseguir mais de 50 cabeças de gado. “Estamos pedindo aos amigos, visitando a comunidade rural pedindo doações, porque precisamos arrecadar entre R$ 80 mil a R$ 100 mil para ajudar na folha de pagamento do décimo terceiro dos funcionários”, diz.
Camargo conta que a nova administração da Santa Casa está procurando meios de saldar as dívidas emergenciais deixadas pela administração anterior com médicos e funcionários. “Estamos gastando cerca de 30 mil por mês somente com o pagamento de férias atrasadas dos funcionários. Alguns não tiravam férias há 4 anos e estamos tendo que regularizar a situação”, explica.
O provedor diz que a atual administração tem uma preocupação “muito grande em relação à transparência. Queremos que a população acompanhe os gastos e receitas do hospital, por isso em breve publicaremos um balancete com a situação financeira da Santa Casa. “Durante os seis primeiros meses de gestão conseguimos equacionar a dívida, que está em mais de 3 milhões de reais. A maior parte desse valor está parcelado e para honrar esses parcelamentos precisamos cortar gastos e aumentar a receita”, comenta.
De acordo com ele o corte de gastos teve início com a renegociação de todos os contratos que o hospital tinha com prestadores de serviço. “Repactuamos os contratos com médicos, laboratório, empresas que prestam serviço de informática, temos feita intensa pesquisa de preços antes da compra de medicamentos, tudo visando o melhor preço, mas sem perder a qualidade”, enfatiza.
Ele conta que na tentativa de aumentar a receita da entidade, as salas do hospital estão sendo alugadas e a diretoria está mantendo negociação com os convênios médicos na esperança de obter melhor pagamento pelos atendimentos. “Estamos buscando alternativas para aumentar a receita e quitar os débitos existentes”.
Camargo apela aos proprietários rurais que criam gado que façam doação ao leilão do hospital. “Nós precisamos muito de doações que podem ser feitas para qualquer um dos membros da diretoria. Queremos manter a situação da Santa Casa saneada para não termos que interromper os atendimentos”, encerra.
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