Vereador Danilo cobra eficiência de gestão do quadro de funcionários de Monte Aprazível

Proporção de servidor/morador do município é de 1/22, 40% mais que Tanabi que paga salário melhor a seus servidores

O vereador Danilo de Souza se diz espantado com a resposta que recebeu da prefeitura sobre o requerimento de sua autoria sobre informações acerca do tamanho do quadro de funcionários da prefeitura. Considerando-se uma centena de estagiário, trabalhadores da coleta de lixo e limpeza pública terceirizada e profissionais da saúde contratados como prestadores de serviços que estão fora da folha de pagamento, Danilo constatou que há no município 1 servidor municipal para cada 22 habitantes.

A suspeita do vereador de que há falhas na gestão do quadro funcional do município se confirma com os dados referentes a Tanabi. Na cidade vizinha, com uma população de mil habitantes a mais, mesma área territorial, dois distritos e um bairro rural, sem profissionais de saúde fora do quadro, sem qualquer serviço terceirizado, inclusive água e esgoto, a relação é de 1 trabalhador para 31 moradores.

“Tem alguma coisa errada no quadro de funcionários da prefeitura quando se compara o número de servidores de Monte Aprazível com outras cidades do mesmo porte e estrutura semelhante e se se comparar com cidades maiores, como Rio Preto, onde a relação é de 1/68, fica mais visível”, explica Danilo.

Para ele, trata-se de um problema de gestão que acarreta prejuízo para o cidadão e aos próprios servidores. “Não importa a origem desse desacerto, se começou com o prefeito A ou B, agora precisamos corrigir essa distorção, pois ao mesmo tempo em que há um grande número de funcionários há falta de funcionários, como o próprio prefeito Nelson Montoro tem admitido, mas, na verdade, está faltando funcionário onde é preciso e sobrando em lugares sem necessidade”, protestou Danilo. Por esse raciocínio, segundo o vereador, o contribuinte perde porque acaba não recebendo os serviços com a eficiência que ele tem direito.

Danilo tem razão quando afirma que perde também o servidor, comparando se a folha de pagamento dos dois municípios. Com 925 servidores na folha, a prefeitura de Monte gastou em salários, em julho, um pouco menos de R$ 2 milhões, grosseiramente, um salário médio de R$ 2.160,00. A folha de pagamento de julho de Tanabi somou R$ 2,8 milhões, tendo seus 800 servidores recebido um salário médio de R$ 3,5 mil. “Fica demonstrado que quanto mais enxuto é o quadro de funcionários, há mais eficiência nos serviços e se pode pagar melhor os servidores”, apontou o vereador.

Danilo cita ainda o desequilíbrio fiscal que o excesso de funcionários acarreta, o que compromete a Lei de Responsabilidade que pune o gestor com reprovação de contas e inelegibilidade. A folha de pagamento de Monte Aprazível pode avançar, irresponsavelmente, o limite de 54% da receita, estabelecidos pela Lei. Em Tanabi, no máximo, a folha de pagamento, ficará em 50% da receita que deve fechar o exercício em R$ 73,2 milhões, previsão de receita 27% maior que a de Monte.

O prefeito Norair da Silveira lembra que, ao deixar a prefeitura em 2004, a folha de pagamento tinha 460 servidores, a recebeu em 2017 com 800 e pretende deixá-la do mesmo tamanho.

“Eu considero que a prefeitura de Monte Aprazível tem que melhorar a gestão em todos os setores e acho que se deve começar pelo quadro de funcionários e pelo Departamento de Pessoal, que tem inúmeros indícios de irregularidades, já denunciadas por mim e pelo vereador Gilberto dos Santos. O quadro de funcionários precisa ser reformulado, fazer um levantamento de todos os cargos e funções de todos os setores para saber onde faltam funcionários e onde sobram e fazer um remanejamento, esquecendo por um bom tempo novas contratações e abertura de novas vagas. Ao contrário, temos de enxugar vagas, melhorar salários e aumentar a eficiência dos serviços para a população’, finalizou Danilo.