Xandão é favorito à presidência; Migalha e Ailto esperam indicação do PP, em Monte
- A Voz Regional
- 8 de dez. de 2020
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Nova composição dos legislativos deixa previsível escolha para a presidência Monte e Tanabi
Não deverá haver surpresa na escolha dos presidentes das Câmaras de Monte Aprazível e Tanabi devido a predominância de vereadores situacionistas eleitos nas duas cidades. O clima está mais propenso a um arranjo tácito antigo em que leva a presidência o vereador mais votado. Em nome de uma suposta “experiência”, a tradição quase desapareceu nas últimas décadas em que os reeleitos ou ex que voltam à Casa acabam sendo conduzidos à cadeira.
Reeleito, Xandão Bertoline (PSB), em Tanabi, foi o mais votado, 865, e ainda possui os pré-requisitos da experiência e de fazer parte da maioria situacionista. Du Coxinha, o segundo mais votado, 828, já abriu mão da disputa e declarou apoio ao colega. Será seguido pelos médicos Rodrigo e Mauro, pelo servidor Primo do Ecatu pelo comerciário Flavinho da Ivone, número de votos suficientes para elegê-lo.
Apesar de eleitos por chapa oposicionista, dois nomes desse restrito colégio eleitoral, Waldir do Zé Baiano (PRTC) e Tenente Canela (PP), não têm disposição, interesse e motivos para seguir rumo que não leve aos interesses do prefeito Norair da Silveira (PSB).
Na oposição, digamos, mais genuína, estão o ex-vereador Cocó Magri (PL), o atual presidente da Câmara, Gilbertinho Faria (DEM) e a novata Daiane Nascimento (Pode) que, juntos, não preenchem os quatro cargos da Mesa Diretora para uma chapa concorrente.
Monte Aprazível
Em Monte Aprazível, a bancada situacionista conta com seis dos nove vereadores eleitos, grupo ao qual se soma o demista Donaldo Paiola. Restam Hélio Polotto, demista independente, e o novato João Carlos, eleito pelo Pros oposicionista, mas sem qualquer vivência política e partidária.
É um cenário em que a oposição está alijada da presidência, estando o manifesto interesse de Hélio Polotto em presidir a Casa na margem zero.
As cartas do jogo estão nas mão da bancada majoritária, o PP, com quatro vereadores eleitos. Nassibo Sidinani não pode acumular a vereança, o cargo público na prefeitura e a presidência e o novato Tiago Demôncio não vai comprar briga de tamanho porte.
O partido não tinha se manifestado, até a noite de quinta-feira, sobre sua preferência entre os pretendentes Ailto Faria e Alexandre Migalha.
Migalha foi o vereador eleito mais votado, 774 votos, e diz contar com o apoio dos novatos. Nassibo já tornou público seu apoio a Migalha, o preferido, também, entre os coordenadores da campanha vitoriosa de Marcio Miguel.
Reeleito para o quarto mandato, Aito Faria conta com a larga experiência na Casa. Ele se coloca como candidato, frisando ser um vereador de grupo. “Eu aguardo a manifestação do partido para me posicionar.”
O PDT, partido aliado, segundo o vereador eleito, José Carlos do Sindicato, deve discutir o assunto nos próximos dias. Para ele, a agremiação não tem preferência pessoal por um ou outro e deverá ter uma decisão política. “O PDT vai analisar o que é melhor para o Legislativo e para os nossos interesses políticos lá na frente. O presidente (Gilberto dos Santos), vereador e demais dirigentes tem como meta o fortalecimento do partido, ter mais visibilidade. Assim, a eleição da Mesa para os dois últimos anos está no nosso horizonte. O nosso voto agora, vai estar atrelado à eleição da presidência para 2022.”
Tanto o ex-vereador Gilberto dos Santos, presidente do PDT, como o vereador Danilo de Souza, presidente do Pros, embora desafetos político de Ailto afirmam que os vereadores terão autonomia nas escolha.
Segundo Marcão Caminhola, eleito pelo PV, há muito tempo ainda para se decidir. Ele diz que a presidência não está em suas pretensões, mas que aceita o cargo se seu nome servir para manter o clima harmonioso na Câmara. “Eu desejo que o processo de eleição seja tranquilo e vou contribuir para isso. Vamos deixar a divisão para esta Câmara que está aí e construir outra de união.”
A Voz Regional não conseguiu contato com o vereador eleito João Carlos.
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