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É trabalho que nunca acaba

  • Foto do escritor: A Voz Regional
    A Voz Regional
  • 17 de out. de 2016
  • 2 min de leitura

Pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas aponta que cerca de 40% dos aposentados com idade superior a 60 e 70 anos continuam exercendo alguma atividade remunerada.

Segundo a pesquisa, quase 50% dos entrevistados assumem que a aposentadoria não é suficiente para pagar contas e pessoas. Outros 23% trabalham para manter a mente ocupada e 18% dos entrevistados para se sentirem mais produtivos, enquanto que 9% trabalham porque precisam ajudar familiares.

Roberto Gonçalves Santana, 65 anos, é motorista de ônibus aposentado há quase 20 anos e desde a aposentadoria prosseguiu trabalhando. Ele conta que a aposentadoria não é suficiente para a manutenção da casa. “Só dá para comer, mas vestir e para outras despesas da casa não dá”.

Roberto tenta parar definitivamente, mas só  na hora em que o salário melhorar.” Ele entrou com a desaposentação (possibilidade do trabalhador, depois de aposentado pela primeira vez, voltar a trabalhar para se aposentar de novo) e aguarda sair, se sair pretende trabalhar por apenas mais um ano.

Hilário Trombim, que preferiu não informar a idade, é caminhoneiro aposentado e a exemplo de Roberto mantém-se na ativa. Ele também continua trabalhando porque afirma que o valor da aposentadoria é insuficiente para manter a família, “então continuo trabalhando, agora como taxista, para complementar a renda mensal”.

Hilário não tem previsão para parar de trabalhar. Diz que enquanto tiver disposição pretende continuar “no batente”.

O servidor público municipal Antônio Pereira dos Santos, 53 anos, aposentou-se há cerca de 3 meses, mas também percebeu que apenas com a aposentadoria não conseguiria manter as despesas que possui, por isso continua trabalhando na mesma função de antes.

Ele conta que tem dois netos para ajudar a estudar e que “a aposentadoria é pouca, não dá para pagar as contas do mês. O que eu recebo de aposentadoria até daria para eu sobreviver sozinho, mas tenho que ajudar a família, então não dá”, diz.

Antônio, assim como Hilário, não tem previsão de idade para deixar de trabalhar. “Enquanto eu tiver disposição e saúde pretendo continuar trabalhando”, finaliza.

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